Militância do PT está motivada para as prévias

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Na ante-véspera da realização da prévia mineira petista o que se observa realmente, ao contrário do esforço da mídia e de setores do próprio partido, é que a militância do PT está motivada e confiante de que o partido terá candidato ao governo e que o resultado precisa e vai ser respeitado por todos. Esse é o ambiente interno, a despeito de intrigas e plantação na imprensa.
Fui candidato a presidente do PT, concorrendo com mais quatro candidatos. No PED havia eleição municipal, estadual e nacional. Cerca de trinta por cento dos filiados estavam em alguma Chapa. Para surpresa de muitos que diziam já ter ganho com setenta por cento, fui para o segundo turno, numa eleição acirradíssima e empatamos na direção estadual. Os mesmos que foram surpreendidos espalham agora a tal da desmotivação da militância.
Não vejo desmotivação alguma, pelo contrário. E isso não tem correlaçãoo com o número de votantes dia 2. São motivações e engajamentos distintos. Os petistas mais conscientes e militantes serão o eleitor da prévia e não apenas por que está em uma ou outra chapa.
Na vida real há empolgação e desejo pela candidatura do PT. Quem vai ganhar, vamos saber até dia 3, segunda-feira.
O importante é estarmos todos unidos para construir um palanque forte do PT com aliados, eleger a Dilma e ganhar o governo do estado para sintonizar Minas com o Brasil.
A participação nas prévias surpreenderá muita gente.

Michel Moore fala sobre Lula

Texto do cineasta Michael Moore sobre o presidente Lula ,à revista Time, dos EUA, que elegeu o presidente brasileiro como o líder mais influente do mundo em 2010.
A tradução segue abaixo. Vale a pena conferir:

When Brazilians first elected Luiz Inácio Lula da Silva President in 2002, the country's robber barons nervously checked the fuel gauges on their private jets. They had turned Brazil into one of the most inequitable places on earth, and now it looked like payback time. Lula, 64, was a genuine son of Latin America's working class — in fact, a founding member of the Workers' Party — who'd once been jailed for leading a strike.
By the time Lula finally won the presidency, after three failed attempts, he was a familiar figure in Brazilian national life. But what led him to politics in the first place? Was it his personal knowledge of how hard many Brazilians must work just to get by? Being forced to leave school after fifth grade to support his family? Working as a shoeshine boy? Losing part of a finger in a factory accident?
No, it was when, at age 25, he watched his wife Maria die during the eighth month of her pregnancy, along with their child, because they couldn't afford decent medical care.
There's a lesson here for the world's billionaires: let people have good health care, and they'll cause much less trouble for you.
And here's a lesson for the rest of us: the great irony of Lula's presidency — he was elected to a second term in 2006 and will serve through this year — is that even as he tries to propel Brazil into the First World with government social programs like Fome Zero (Zero Starvation), designed to end hunger, and with plans to improve the education available to members of Brazil's working class, the U.S. looks more like the old Third World every day.
Quando os brasileiros elegeram pela primeira vez Luiz Inácio Lula da Silva Presidente, em 2002, os barões larápios do país checaram nervosamente os indicadores de combustível dos seus jatinhos. Eles tinham transformado o Brasil num dos lugares mais desiguais da Terra, e parecia que havia chegado a hora da retaliação. Lula, 64 anos, era um filho genuíno da classe operária da América Latina- de fato, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores-, que já tinha sido preso por liderar uma greve.
Ao tempo em que Lula finalmente conquistou a Presidência, depois de três tentativas fracassadas, ele já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o havia levado à vida política? Teria sido o seu conhecimento pessoal do quão duro muitos brasileiros precisam trabalhar só para conseguir sobreviver? Ter sido forçado a abandonar a escola na quinta série para ajudar no sustento da família? Ter trabalhado na infância como engraxate? Ter perdido parte de um dedo num acidente de trabalho?
Não, foi quando, na idade de 25 anos, ele viu sua mulher, Maria, morrer aos oito meses de gravidez, junto com seu bebê, porque eles não podiam pagar um tratamento médico decente.
Há aí uma lição para bilionários do mundo: permitam que as pessoas tenham acesso a um bom tratamento de saúde e elas não causarão muitos problemas no futuro.
E aqui vai uma lição para o resto de nós: a grande ironia da presidência de Lula- ele foi eleito para um segundo mandato em 2006 e ainda vai completá-lo este ano-é que, ao mesmo tempo em que ele conduz o Brasil rumo ao Primeiro
What Lula wants for Brazil is what we used to call the American Dream. We in the U.S., by contrast, where the richest 1% now own more financial wealth than the bottom 95% combined, are living in a society that is fast becoming more like Brazil.

Tradução

Mundo com programas como o Fome Zero, destinado a eliminar a inanição, e projetos para melhorar a educação dos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA parecem mais, a cada dia que passa, com o antigo Terceiro Mundo.
O que Lula quer para o Brasil é aquilo que costumávamos chamar de “O Sonho Americano”. Em contraste, nós, nos EUA, onde o 1% mais rico da população tem agora mais riqueza financeira que os 95% mais pobres, estamos vivendo numa sociedade que está rapidamente se tornando parecida com o Brasil.

A militância do PT de Minas está de pé e cabeça erguida

Matéria no Jornal Estado de Minas hoje diz que militância do PT está desmobilizada para as prévias. E que o motivo é a divergência entre PT nacional e Estadual sobre a disputa ao governo em Minas.
Realmente com tanta gente dando palpite, declarando asneiras, desrespeitando o processo de Minas, o clima ficou muito contaminado.
Mas erram aqueles que acham que a militância está de cabeça baixa. Não está. Vai provar na prévia que quer a candidatura do PT e vai garantir esta candidatura. Patrus rodou todo o estado em breve espaço de tempo. Olhou nos olhos de cada um e disse que a prévia é pra valer e que chegou a hora do PT governar Minas. E que não deixou o Ministério à toa, mas para cumprir esta determinação de ser candidato ao Governo.
Quem ganhar a prévia em Minas vai unificar todo o PT, terá o apoio integral para ir até o fim, vencendo cada obstáculo, ser o candidato e vencer as eleições. Tanto Patrus como Pimentel tem condições de liderar este processo. A escolha do melhor perfil para este momento cabe ao filiado. vamos respeitá-lo.
Por isso o ambiente interno respeitoso precisa seguir até o final da apuração, com tranquilidade, sem excessos nem desrespeito às regras.
A militância do PT não é covarde e espera firmeza de seus líderes. Com candidato definido, o PT estará de pé, e liderará uma aliança para vencer e governar Minas, com Dilma Presidenta!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mantidos os segredos dos anões

Vale a pena conferir o artigo abaixo, que relata bem como a questão do orçamento era tratada por arautos da ética nos dias de hoje:


Desvio de verbas do Orçamento fez o Congresso cortar a própria carne, mas ainda há impunidade
Sônia Filgueiras e Antônia Márcia Vale

No final de 1993, quando se esperava que o Congresso pós-impeachment iniciasse uma onda de moralização, um verdadeiro furacão levantou outro caso de corrupção: as negociatas feitas em torno do Orçamento da União. A manipulação dos recursos era feita por um grupo de deputados que centralizava o trabalho e atingiu em cheio o Parlamento. De empreiteiros, eles cobravam propina para incluir previsão de recursos para as obras. De prefeitos, exigiam pedágio para ajudar na liberação dos recursos. Por serem quase todos de baixa estatura, entraram para a história como os “anões do orçamento”. As irregularidades foram reveladas pelo ex-chefe da Assessoria de Orçamento do Senado, José Carlos Alves dos Santos. Ele desmontou o esquema, foi preso e acusado de assassinar a esposa, Ana Elizabeth Lofrano, que ameaçava denunciar os podres da máfia. Na casa dele foi achada uma mala com mais de US$ 600 mil.

Quase dez anos depois, José Carlos amarga uma vida no limbo. Não frequenta mais as festas da corte, aposentou-se, mas teve o benefício cortado pelo Senado. Hoje, vive em liberdade condicional. Mas, ao contrário do que ocorre com a CPI do PC, onde os personagens começam a revelar bastidores, muitos segredos dos anões continuam guardados. José Carlos se nega a falar sobre o assunto. Conta apenas que ainda tem muitas informações sigilosas. “Durante todo o tempo em que estive preso, lembrei de muita coisa, mas não posso falar. É o meu seguro de vida.” Por que o ex-assessor tem medo? A resposta é direta: “Eles são muito poderosos.” José Carlos acredita que guardar os segredos preserva sua integridade. Mas garante que, se algo lhe acontecer, os envolvidos, principalmente os que saíram impunes, vão ficar em situação difícil com as informações registradas em dossiês espalhados entre seus amigos.
Os deputados Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Carlos Aleluia (PFL-PE) estão entre os parlamentares citados por José Carlos Alves como integrantes do esquema da corrupção do Orçamento e que foram inocentados pela CPI, aberta diante da gravidade das denúncias. Mas o fato de o relator, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), tê-los inocentado gerou suspeitas na época. Falava-se em uma troca.

agalhães teria aceitado livrar o correligionário Aleluia se em troca seu partido aceitasse liberar o conterrâneo Sérgio Guerra, que à época era filiado ao PSB. Mas, apesar das denúncias, ambos negam a existência do acordo. “Eu fui inocentado porque não havia nada a investigar contra mim”, afirma o pernambucano. Raciocínio seguido pelo baiano.
Foram investigados 37 parlamentares. No final, Magalhães pediu a cassação de 18 companheiros. Mas apenas seis foram para a degola: Carlos Benevides (PMDB-CE), Fábio Raunhetti (PTB-RJ), Feres Nader (PTB-RJ), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Raquel Cândido (PTB-RO) e José Geraldo (PMDB-MG). Quatro renunciaram antes: o chefe do bando, João Alves (sem partido-BA), Manoel Moreira (PMDB-SP), Genebaldo Correia (PMDB-BA) e Cid Carvalho (PMDB-MA). Oito foram absolvidos: Ricardo Fiúza (PFL-PE), Ézio Ferreira (PFL-AM), Ronaldo Aragão (PMDB-RO), Daniel Silva (PPR-RS), Aníbal Teixeira (PTB-MG), Flávio Derzi (PP-MS), Paulo Portugal (PP-RJ) e João de Deus (PPR-RS).

Após a CPI, o Congresso implantou uma série de normas para controlar as emendas parlamentares. Propostas individuais, antes livres de qualquer amarra, foram limitadas em número e em valor. Somadas, não podem passar de R$ 2 milhões. Para democratizar as discussões, as emendas graúdas passaram a ser submetidas à votação de toda as bancadas. No entanto, nada disso impediu a produção de novos casos
de roubalheira, como o desvio de R$ 169 milhões no prédio do TRT de São Paulo. Por cinco anos, a despeito das denúncias de ilegalidades e superfaturamentos, os parlamentares paulistas reservaram milhões à obra. O Tribunal de Contas da União – responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos – demorou sete anos para condenar a obra. “O processo de elaboração do Orçamento melhorou, mas não barrou esquemas de intermediação de emendas”, diz o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG), um especialista em escarafunchar as mazelas orçamentárias.

Os esquemas de produção de propina a partir de verbas públicas são variados: fundações e empresas em nome de laranjas de deputados, senadores ou executivos dos governos locais recebem verbas públicas; prefeitos e parlamentares desviam recursos de emendas destinadas a suas cidades para campanhas políticas; empreiteiras pagam pedágio a autoridades do Executivo e Legislativo em troca da liberação de verbas. “É difícil impedir este tipo de coisa. São casos que envolvem uma relação direta entre o parlamentar e a empreiteira”, reconhece o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), outro crítico do processo orçamentário.

O fim da verticalização atrapalha projeto nacional

terça-feira, 27 de abril de 2010

Todas as pesquisas realizadas em Minas indicam que o candidato do PT sai com uma boa arrancada e com muita chance de crescer e polarizar a eleição estadual. Tanto Fernando como Patrus têm bons índices de intenção de voto e qualquer um dos dois tem espaço enorme de crescimento eleitoral.
Duas questões estão postas: De um lado, a opção interna do PT, que tem haver com projeto político, concepção partidária, política de aliança, método de fazer política e de governar e perfis (histórias) individuais. Os filiados decidirão nas prévias.
De outro lado, o PMDB com a pré-candidatura do Ex-Ministro Hélio Costa, tensiona pelo apoio do PT. É legítima a aspiração de apoio, pois as pesquisas também o indicam bem posicionado, com a preferência das intenções de voto.
A candidatura oficial, do vice e atual governador Anastasia, vai se consolidando com o apoio da máquina estadual e tenderá a polarizar a eleição, tendo a seu lado Aécio candidato ao Senado.
O que une os partidos no país é o projeto nacional e o apoio à candidatura da Ex-Ministra Dilma.
A atual legislação é responsável por essas dificuldades, pois não existindo verticalização, os partidos impõem condições regionais para dar apoio nacional. Afinal o projeto nacional precisaria ser desdobrado nos estados com nitidez, e não o inverso, como estamos vendo.
Assim, vemos o PMDB em SP e em outros estados apoiando Serra, para ficar apenas em um exemplo da salada que se tranforma a eleição. Isso confunde o eleitor e desacredita mais a política.
Todo esforço deve ser feito para que o PMDB mineiro apóie Dilma, mas sem condicionantes finais de apoio ao seu candidato estadual. Hélio Costa é nosso parceiro no projeto nacional, tem liderança para disputar qualquer cargo político. Tem o respeito do PT. Mas o PT quer ter um candidato ao governo de Minas, pela sua trajetória e pelo que acumulou até aqui.
É importante observar que a candidatura de Anastasia/Aécio/Serra está do lado de lá. A campanha oficial mineira será em torno da continuidade em Minas e Mudança no Brasil.
O PT fará uma campanha pela continuidade no Brasil e pela começo da mudança em Minas. Essa nitidez polarizará a eleição. E nesse caso, a candidatura do PT fica mais consistente para a disputa eleitoral, dialogando claramente com os mineiros e apontando um caminho de futuro mais confiável, mais bem avalizado pelo que já fizemos e estamos fazendo. Nesse cenário, a melhor candidatura é do Patrus, de preferência com apoio do PMDB.

Patrus sai na frente

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Patrus dispara na preferência dos petistas em Minas. O clima das prévias está bom, o partido vai se mobilizando e os filiados vão definindo sua preferência.
Mesmo com a avalanche de declarações contrárias à candidatura própria do PT e as pressões e plantações na imprensa, a militância petista demonstra que quer ter candidato próprio e, ao que tudo indica, o vencedor será Patrus. Aguardar pra ver!

O Partido da Mídia vai à guerra

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A ação deste fim de semana que envolveu a Veja (com a capa do Serra de mãozinha no queixo), o jingle da Globo fazendo campanha pelo “Brasil pode mais” em nome dos seus 45 anos (sendo que o número 45 da Globo é igualzinho ao 45 do PSDB) e a pesquisa Datafolha que apresenta números contraditórios com a tendência de outros institutos, é mais uma demonstração de como a mídia comercial é o verdadeiro partido político da oposição demo-tucana.

Sem esses veículos de comunicação, Serra e sua turma teriam chance zero nas próximas eleições. Eles sabem que para que o candidato tucano tenha alguma possibilidade de vitória terão de jogar todas as fichas nele. Parecem estar dispostos a isso.

A ação da Globo, Veja e Folha não se deu ao mesmo tempo por coincidência. É algo articulado e para testar força. Quase como um ensaio de golpe. Algo muito comum quando os militares buscavam articular a derrubada de um governo democrático na América Latina.

Hoje, pesquisas devem estar sendo produzidas para consumo interno com a intenção de verificar se a ação resultou em alguma melhoria para os índices do tucano. A depender dos resultados, a ação se repetirá talvez em maior escala ou seus rumos podem ser alterados.

Por enquanto eles tentaram vender a simpatia de Serra e boas notícias para ele. Os próximos golpes podem (e pelo que indicam serão) ataques ao PT e reportagens acusatórias em relação à candidatura de Dilma.

Não foi à toa que Veja, Globo e Folha agiram conjuntamente. As teses do Instituto Milenium hoje são públicas. Não é preciso ser bidu para saber o que eles pensam da democracia. E para desenhar o que devem fazer no percurso da campanha eleitoral.

Preparem-se para uma campanha nojenta. Porque com jingles bonitinhos com artistas falando mais e mais e com capas de revistas em que Serra aparece de mãozinha no queixo não vai dar para melhorar a vida dele. Ou seja, vai ter guerra.

Por Renato Rovai, em seu blog

Minas precisa de Patrus

O Brasil precisa continuar mudando.
E Minas precisa começar a mudar!

Arruda e assassino condenado iam ser orador oficial e homenageado em Minas

Deu em um jornal mineiro, discreto obviamente, o vexame da medalha da Inconfidência, em Ouro Preto MG (se o ocorrido fosse com um petista, imaginem o barulho):

"O cerimonial do governo estadual revogou ontem o ato que incluía o médico Ademar Pessoa Cardoso entre os homenageados com a Medalha da Inconfidência. Ademar foi condenado a 12 anos e 9 meses de prisão acusado de ter matado cinco pessoas durante um racha em abril de 1996. A indicação para o médico ganhar a honraria foi proposta pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB), sendo aprovada posteriormente por um conselho formado por 16 pessoas. Hoje, o governo vai publicar uma nova edição do Diário Oficial, com a exclusão do nome do médico condenado por assassinato da lista de homenageados. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Ademar está em liberdade desde 2006."

No ano passado, às vésperas de flagrado ganhando panetone em forma de dinheiro , J.A. Arruda foi oficializado como orador principa da cerimonia na Almg. Preso que estava, não pode comparecer.
Situações como essas são relevadas pela crítica de direita na imprensa brasileira, se os protagonistas forem demo-tucanos ou afins

Prévias em Minas são pra valer

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fora o burburinho e o tititi e a plantação na imprensa, as prévias do PT em Minas estão ocorrendo de forma tranquila. Até agora Patrus já realizou várias agendas Regionais, com forte presença das lideranças. Alto nível. O jornal do Partido já foi rodado e está sendo distribuído aos filiados. A Comissão Eleitoral reúne-se diariamente. As listas de filiados aptos já foram enviadas pela Nacional. O blog da pré-candidatura interna do Patrus já está no ar www.queropatrus.com.br.
Patrus está convencido de que tem condições de vencer, de unir os partidos da base do governo Lula e viabilizar uma candidatura única da base que seja do PT. Ele tem dito que deixou o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para cumprir esta missão. E isso é prá valer. Quer ser governador para e realizar no Estado o que Lula vem fazendo pelo Brasil.

PSDB constata que pesquisa da Sensus não tem fraude

da Agência Folha, em Belo Horizonte
da Reportagem Local

Mesmo com uma autorização expedida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dois representantes do PSDB tiveram que esperar por sete horas para ter acesso aos questionários da última pesquisa presidencial realizada pelo Instituto Sensus.

Mesmo assim, o partido reclama que o instituto não autorizou a cópia dos questionários ou a gravação dos dados em um pen-drive. Antes de liberar a consulta na sede do instituto, em Belo Horizonte, a direção do Sensus convidou PT, PV e PSB para acompanhar a abertura dos dados aos tucanos. Apenas o PT foi ao local.

A pesquisa apontou empate técnico entre José Serra (32,7%) e Dilma Rousseff (32,4%). O PSDB entrou com representação na quarta-feira contra a pesquisa. Anteontem, teve autorização para checar os 2.000 questionários.

À Folha, o cientista político Fabrizio Tavoni, contratado pelo PSDB, disse que não havia indícios de fraude. O trabalho entraria pela noite. Ricardo Guedes, diretor do instituto, disse que chamou os partidos para dar transparência ao ato.

Ao final, o presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes, disse que o questionamento do PSDB era "absurdo" e que pode pedir a abertura da pesquisa do Datafolha de março. "Fizemos várias pesquisas para ver o cenário de Minas na mesma data em que o Datafolha, e em Minas deu 31% a 33% para o Serra. O Datafolha diz que Minas deu 40% a 25%."

Na pesquisa Datafolha feita em 25 e 26 de março, Serra obteve 40% contra 24% de Dilma na região Sudeste (SP, RJ, ES e MG). O último levantamento por Estado feito pelo instituto foi de 14 a 18 de dezembro de 2009. Em MG, Serra ficou à frente, com 39% contra 20%.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Rede Globo fez de propósito, só para mostrar do que é capaz. Fez uma noite de propaganda para o Serra e testou a capacidade de reação social.
Mentiu que tinha gravado em 2009 e tirou do ar. Cara de pau!
Leia matéria abaixo:


http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/20/globo-gravou-comercial-no-dia-14/

20/04/2010 - 08:36
Globo gravou comercial no dia 14
Por Edson Joanni
GLOBO MENTE DE NOVO

No portal Rede Globo, seçao “Direto do Projac”, a prova de que o video da campanha de 45 anos foi gravado poucos dias atrás.

http://redeglobo.globo.com/novidades/direto-do-projac/noticia/plantao/1.html

Nessa página várias entradas do dia 14 de abril noticiam que atores comparecem para gravar a mensagem.

http://redeglobo.globo.com/novidades/direto-do-projac/noticia/2010/04/direto-do-projac-reynaldo-gianecchini-grava-video-dos-45-anos.html

http://redeglobo.globo.com/novidades/direto-do-projac/noticia/2010/04/direto-do-projac-fernanda-montenegro-grava-mensagem.html

http://redeglobo.globo.com/novidades/direto-do-projac/noticia/2010/04/direto-do-projac-regina-case-se-diverte-gravando-mensagem.html

http://redeglobo.globo.com/novidades/direto-do-projac/noticia/2010/04/direto-do-projac-nelson-araujo-chega-para-gravar-campanha.html

http://redeglobo.globo.com/novidades/direto-do-projac/noticia/2010/04/direto-do-projac-mariana-ximenes-na-campanha-globo-45-anos.html

A conversa de que o filme foi criado em 2009 é mais uma mentira deslavada.

A TV Globo escancara apoio ao Serra

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A inserção da Globo utilizando os 45 anos da emissora é um acinte e uma demonstração de como será baixa a disputa Presidencial. O slogan da Globo é o slogan da Campanha Serra, antecipada na maior cara de pau. É um insulto à inteligência do povo brasileiro. O TSE deveria mandar tirar do ar imediatamente e começar por aí a coibir esses subterfúgios da mídia concessionária.
Se observarmos as revistas semanais, os jornalões, as TVs e rádios, os vários processos do PSDB contra o movimento sindical, o PT e o Lula, o Data-Folha (Data Serra)... É a estratégia ofensiva deles, utilizando sobretudo a mídia para criar um clima pró Serra e tentar viabilizar sua eleição. Isso vai ser cada vez mais pesado.
Entidades da sociedade civil, partidos políticos, parlamentares, deveriam entrar no TSE imediatamente.

Pressão do PMDB chega a ser engraçada

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Engraçadíssima a pressão do PMDB. Eles participam de forma representativa do governo Lula: Têm 6 Ministérios de peso - Integração Nacional, Comunicações, Saúde, Agricultura, Defesa e Minas e Energia, dirigem várias empresas públicas e estatais, têm diretorias nos Bancos Públicos etc.
Participam, portanto, do sucesso e do bom desempenho do governo do presidente Lula. Estamos, PT e PMDB, governando juntos e queremos continuar e avançar a mudança.
O PT indica a candidata a presidente e o PMDB indica o vice. Vai continuar participando do atual governo e do próximo.
Diferenças eleitorais e políticas regionais não podem impedir a aliança nacional. Fácil de falar e difícil de executar, levando-se em conta a diversidade peemedebista.
Mas o PT Nacional e o Governo Lula devem manter a dignidade e o respeito com o Partido dos Trabalhadores e, sobretudo não se submeter à chantagem de nenhuma facção regional.
O PMDB terá a vice na chapa presidencial. É pouca coisa, ou eles vão querer os Estados e daqui há pouco, quem sabe, a Presidência também?
Quem muito quer nada tem, dizia minha avó.
Não tivemos aliança com o PMDB em 2002 nem 2006, e vencemos.
O/A eleitor/a está acompanhando os acontecimentos e com mais discernimento.

TOME PARTIDO

Tome partido.
Neutralidade ajuda o opressor,
nunca a vítima.
Silêncio encoraja o torturador,
nunca o torturado.
ELIE WIESEL


Você que é militante do PT em qualquer lugar do Brasil. Reaja. Não aceite imposição arbitrária no PT.
Se você mora em Minas, ajude a campanha do Patrus nas prévias.
Informe-se.
Mobilize os filiados para irem votar no Patrus dia 2 de maio em sua cidade.
Fiscalize o processo.

Plenária do Patrus na região metropolitana de BH

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os apoiadores da pré-candidatura de Patrus Ananias da região metropolitana de BH e os militantes de movimentos sociais vão se reunir dia 19, segunda-feira para organizar a prévia petista que ocorrerá dia 2 de maio.
A prévia acontecerá em todas as cidades onde o PT está organizado e poderão votar todos os filiados há mais de um ano no partido.
A Plenária DE ARRANCADA será no CREA, em frente a Assembléia Legislativa, às 19h. Como o prazo é curtíssimo, é fundamental o envolvimento de todos e todas que apoiam a candidatura de Patrus.
Precisa de gente para tudo: fiscal, visitante militante, telefonista militante, internauta.
Hora de mobilização solidária. Tome sua iniciativa.

A prévia deve fortalecer o PT

terça-feira, 13 de abril de 2010

Companheiros e Companheiras, quando o PT adotou em seu Estatuto o mecanismo de prévia, foi exatamente para preservar o caráter democrático do partido. Ou seja, no PT quando há mais de um candidato, quem escolhe é o filiado. Aí reside uma diferença importante do PT e uma contribuição nossa à democracia brasileira.
Por isso mesmo, a prévia precisa ter regras claras, que todos cumpram e dêem o exemplo para a sociedade brasileira. Um mau exemplo do PT pode significar perda de credibilidade do nosso partido perante a sociedade. E degeneração do nosso projeto.
A inscrição de dois pré-candidatos - O ex-Ministro Patrus Ananias e o Ex-prefeito Fernando Pimentel - podem engrandecer e fortalecer o PT para a disputa de outubro, se o processo for bem conduzido por ambas as partes e bem coordenado pela direção do partido. Isso é possível e necessário. Temos maturidade para isso. É preciso apenas compromisso com as regras e os procedimentos.
Por exemplo, por quê não abolimos definitivamente o transporte de filiados, a busca frenética no dia da eleição? Isso não pode nem na eleição do país! O PT pode realizar uma prévia respeitando o direito do filiado ir espontaneamente dar o seu voto. Mas ninguém, ninguém mesmo pode burlar a regra!
Outro exemplo, é proibido passar lista colhendo assinatura e voto. Todos devem cumprir e o filiado deve fiscalizar isso no seu município e denunciar se ocorrer imediatamente, com prova. Se cada filiado for um fiscal, os "espertos" perdem espaço.
Outra questão que nos ronda e é possível conter, é o abuso do poder econômico. Dentro do PT, é inadmissível compra de voto, adesão por benefícios pessoais, ou não é?
Sendo assim, vamos superar as dificuldades que tivemos no PED e realizar um processo limpo e transparente. Quem ganhar a prévia, neste ambiente democrático, vai unir todo o Partido e toda a militância. Tenho certeza disso.
Nós, que apoiamos a pré-candidatura de Patrus, estamos dispostos a isso. Queremos que o PT inteiro caminhe junto, de mãos dadas, debatendo com a população a necessidade de fazer Minas avançar, sintonizar-se com o Brasil. Vamos dar nossa contribuição para a eleição da companheira Dilma e continuar mudando o Brasil . Vamos eleger o governador do estado pela primeira vez. Lula está mudando o Brasil e nós vamos mudar Minas Gerais!
Façamos todos esta reflexão. Vamos valorizar o que temos de melhor: Participação e Militância.
Todos o todas estão convidados a participar ativamente, pois a prévia já é dia 2 de maio. Temos que fazer tudo que envolve esta preparação em poucos dias. Muito diálogo, muita disposição e muito respeito a todos que pensam diferente. E respeito às regras.

O Homem do Serra

STJ nega recurso e decide que Ricardo Sérgio vai ter que pagar por golpe que sua empresa deu

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o recurso em mandato de segurança impetrado pelo ex-caixa de campanha de Serra e também ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, que pretendia invalidar a decisão tomada pela Nona Câmara do 1º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo. Pela decisão da Nona Câmara, Ricardo Sérgio foi condenado a assumir a dívida da empresa Garance Textile S.A., da qual é sócio, e que deu um golpe na venda de ações da Eletrobrás para a empresa Ma y Mar.

A ação foi movida pela empresa Ma y Mar contra Ricardo Sérgio depois que a empresa adquiriu da Garance um lote de ações preferenciais normativas da Eletrobrás. Na transferência dos valores mobiliários, os donos da ma y Mar descobriram que haviam sido enganados, pois grande parte do lote de ações já havia sido vendido anteriormente.

A decisão tomada pela Justiça em primeira instância, e que Ricardo Sérgio queria invalidar, foi de que era “dever do sócio [Ricardo Sérgio] de assumir os compromissos da empresa, sociedade da capital aberto, que teve sua falência decretada e suspensas as negociações de suas ações no mercado imobiliário”.

Ricardo Sérgio tentou argumentar que a Garance dispõe de bens suficientes para quitar a garantia do débito, não justificando, segundo ele, a execução dos bens dos sócios. No entanto, a Justiça acatou as contra-razões da Ma y Mar de que está provado que o prédio onde funcionava a fábrica foi alienado e todos os maquinários da empresa desapareceram. A transação de Ricardo Sérgio com essa empresa já vem de longe. O nome Garance não chama muito a atenção. Porém, esse nome é novo e substituiu a razão social da empresa Calfat S. A., com a qual Ricardo Sérgio deu um golpe de US$ 3 milhões junto ao Banespa.

A “operação Calfat”, como o leitor pôde acompanhar no HP, foi um criminoso esquema montado dentro do Banespa por Ricardo Sérgio, utilizando uma empresa (Calfat) praticamente falida para lavar e reinternar US$ 3 milhões que foram depositados em uma agência do Banespa nas ilhas Cayman.

Em 1992, o Banespa foi usado para emitir os títulos em nome da Calfat, tornando-se o responsável total pela colocação, pela venda e pelo resgate. À Calfat caberia o papel de pagar posteriormente ao banco que resgataria os títulos no exterior.

Mesmo sem ter quitado a dívida, Ricardo Sérgio ainda conseguiu novos empréstimos no banco. A documentação e os processos movidos pelo banco contra Ricardo Sérgio sumiram e foram abafados logo após a intervenção do governo Fernando Henrique no Banespa, com a sua posterior federalização.

Prévias só para Governador em Minas

A decisão de ontem da Executiva do PT de Minas foi a seguinte:
Mantém a data de 2 de maio para a realização das prévias.
Os Diretórios em dívida precisam pagar até dia 30 de Abril. Se não pagar, o município não participa.
Todos os filiados há mais de um ano poderão votar, sem pagar anualidade, nem mensalidade.
Haverá apenas um jornal feito pelo Partido e a postagem na internet de entrevista com os dois pré-candidatos - Patrus e Pimentel.
Demais questões ficam a cargo de uma Comissão Eleitoral, que levarão para a Executiva propostas de regulamentação.
Quanto ao Senado, qualquer decisão ficará a cargo do Encontro Estadual.
Penso que o PT poderia ter chegado bem melhor a esse processo, pois ele era inevitável.
Quem nunca aceitou prévia, agora quer a todo custo.
O jogo de pressão foi e está sendo grande.
Pimentel joga nas duas pontas, com o beneplácito do PT Nacional e da Ex-Ministra Dilma, pois a exposição que ele cria para si próprio é grande. Isto tem virado argumento de poder político - na campanha e no futuro governo federal. E animou a turma a encarar as prévias.
Os apoiadores de Patrus, após a sua desincompatibilização, também criaram novo ânimo. Pronto, a decisão na mão do filiado.
Agora, o processo precisa ser bem organizado porquê o exemplo recente do PED é o pior parâmetro.

PT Minas se prepara para as prévias ao Governo e ao Senado

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Com a inscrição hoje do ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel ao governo, o PT de Minas, através da Executiva, prepara a realização das prévias para o dia 2 de maio entre ele eo Ex-Ministro Patrus Ananias. O acerto das regras e procedimenhtos está sendo feito agora pela Executiva.
Discute-se também a questão do Senado, já que houve duas inscrições: Virgílio Guimarães e weliton Prado. Como o Senado também é cargo majoritário, se o PT lançar apenas um candidato ao Senado, terá que incluir as duas candidaturas nas prévias.
A melhor coisa a se fazer é garantir processo limpo, ambiente de debate programático e deixar que os filiados resolvam a questão. PT unido de verdade é meio caminho para a vitória.
Sou a favor de que não haja cobrança de anualidade nem do filiado, nem do Diretório Municipal.
Sou a favor de que não haja nenhuma publicação, apenas a oficial do Partido, com espaços iguais aos candidatos em disputa.
Sou a favor de que seja proibido qualquer transporte de filiado.
Isso tudo ajuda a baixar os ânimos mais exaltados e melhora o ambiente político.

Em nota, UNE responde ao Estadão e sai em defesa da Conae

sábado, 10 de abril de 2010

A União Nacional dos Estudantes respondeu, em nota, ao editorial do jornal O Estado de S.Paulo que, na última quarta-feira (7), acusou o governo federal, o PT e os movimentos sociais de ideologizarem a Conferência Nacional de Educação (Conae).

Segundo a UNE, “não há como negar que um passo importante foi dado. Quem é contra a uma educação socialmente referenciada ampla e de qualidade tem nome e lado”.

Leia abaixo a íntegra da nota:

O jornal O Estado de S. Paulo (Estadão) a serviço de interesses estranhos ao povo brasileiro e uma porta voz ressentida dos grandes tubarões do ensino privado enfim se pronunciou: Obviamente não ia conter sua “magoa” diante das deliberações encaminhadas na plenária final da Conferencia Nacional de Educação e mostrou enfim, a sua face em seu editorial matinal.

O pequeno grupo do setor privado que teve uma participação dispersa e quase nula em toda a conferencia, e que contribuiu muito pouco para sua construção, não gostou e praticamente não opinou a respeito das deliberações que ali foram encaminhadas (detalhe: as representações das mantenedoras privadas foram convocadas na participação e construção das conferências, não respondendo aos pedidos das Comissões Organizadoras da Conae).

Com o titulo: “O ranço ideológico na educação”, a matéria desqualifica a Conae, e a opinião dos setores organizados que construíram minuciosamente durante dois anos esse fórum,questiona a regulamentação do ensino privado, citando de forma raivosa: “em momento algum esconderam sua aversão ao livre jogo de mercado” e finaliza o texto perplexos argumentando o absurdo que é a inclusão das propostas no PNE, o que para UNE e tantas outras entidades seria a efetivação dessa grande vitoria.

Porém sabemos que o caminho não será nem um pouco fácil, pois estas propostas da sociedade irão tramitar na Câmara e no Senado e onde sabemos que o setor privado se utilizará de seu lobby para barrar as propostas encaminhadas pelo futuro fórum nacional de educação, a exemplo do governo FHC que vetou as medidas centrais para uma real implementação do ponto de vista financeiro do PNE .

Vários elementos podem ser citados para mostrar a relevância do momento que vive as políticas educacionais no país. Primeiro, pelo fator histórico com que essa conferência tem, desde 1946 há tentativas nesse sentido, mas nunca alcançadas com tal êxito amplitude e legitimidade. Segundo, pelo histórico educacional brasileiro que sempre foi frágil e desconexo entre si, somados a modelos governamentais que aprofundaram o sucateamento da educação exemplo maior disso é a era neoliberal entreguista que infelizmente causou um grande rombo em nosso país, principalmente no quesito educação.

O terceiro fator não menos importante é que a educação no Brasil no sentido de investimentos em democratização do acesso,e infraestrutura somados a vitorias recentes como o fim da DRU (desvinculação das receitas da união) proporcionou um avanço significativo no campo das políticas educacionais, revertendo-se em investimentos anuais em cerca de R$ 10 bilhões por ano, sabendo que muito ainda precisa ser aprofundado,e é onde a Conferencia Nacional de Educação joga um papel estratégico para a efetivação das mudanças: bandeiras históricas do movimento social, como10% do PIB para educação a regulamentação do ensino privado, eleições diretas para diretor,sistema articulado entre si,assistência estudantil, reserva de vagas 50% do fundo social do Pré sal para educação, fórum nacional de educação , entre outras foram aprovadas nesse espaço que de forma organizada e democrática reuniu entre delegados e observadores cerca de três mil participantes de todos os estados Brasileiros. Outro fator notável foi o clima que ali se estabeleceu entre as entidades de unidade e coerência pela a transformação efetiva da educação brasileira.

Não há como negar que um passo importante foi dado. Quem é contra a uma educação socialmente referenciada ampla e de qualidade, tem nome e lado. E mostra esse caráter da forma mais retrógada e reacionária possível, desqualificando as históricas manifestações populares por um ensino de excelência, e o recado está dado: Estaremos lá, preparados para derrotar os lobistas e entreguistas da nação brasileira. Basta agora o movimento social lutar com unhas e dentes pela efetivação das grandes conquistas que foram obtidas nesta Conae.

Uma página foi virada na história, devemos impedir que os anos obscuros de um passado recente não voltem à tona em nosso pais, que com certeza já não é mais o mesmo.

José Alencar continua sendo peça chave, mesmo não sendo candidato

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Vice-Presidente José Alencar continua sendo peça muito importante na sucessão mineira e nacional, mesmo tendo decidido não ser candidato a nada nas eleições de outubro.
Para a Ex-Ministra Dilma pode ajudar com mais desenvoltura no meio empresatrial nacional. Em Minas, ajudou, pois libera uma vaga ao Senado, o que facilita a composição dos partidos aliados.
Resta a definição do nome do PT, para se avançar no diálogo com os demais partidos e definir o nome único da base - que apoiará a Ex-Ministra Dilma.
Avançou. Patrus já se inscreveu. Todos aguardam a decisão de Fernando Pimentel. Se vai disputar no PT em Minas e se inscrever ou se vai continuar na Coordenação da campanha nacional. Não dá pra jogar nas duas pontas, certo? Assim pensam os dirigentes nacionais com os quais conversei essa semana. Ele terá até dia 12 de abril para decidir, conforme alguns: se fica no campeonato mineiro ou se vai para o nacional. Nos dois não dá, pois os jogos são ao mesmo tempo.

FHC e o anti-Lula

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Este artigo de José Genoíno analisa as declarações de FHC na Folha e no Estadão. Brilhante. Vale a pena conferir:


A aliança demotucana tenta a todo custo afastar Fernando Henrique Cardoso da campanha eleitoral. O temor que a altíssima rejeição ao ex-presidente contamine o desempenho de José Serra é grande e, convenhamos, cheio de razão. No entanto, fica cada vez mais claro que eles não podem prescindir do talento de seu líder máximo não só na elaboração do programa a ser apresentado pelos tucanos mas também para o rascunho do discurso que o PSDB/DEM irá fazer nas eleições deste ano. Não há como negar a evidência de FHC ser o estrategista maior das forças de oposição ao governo Lula.



Prova disto é a repercussão que teve seu artigo “Hora de União” publicado em vários jornais do país, turbinada pela divulgação de trechos da sua conversa com três professores-discípulos no caderno Alias do Estadão de domingo último.



O mérito do artigo é que nele, pela primeira vez, um líder da aliança que hoje aglutina a direita brasileira, afirma que o que estará em jogo nas eleições deste ano são dois projetos antagônicos. “Por trás das duas candidaturas polares há um embate maior” diz - com razão - FHC, desfazendo qualquer tentativa de Serra, seu ex-ministro e hoje candidato a presidente, se apresentar como o pós-Lula. FHC entra em jogo para, com sua experiência, revelar a artificialidade desta construção tática. O artigo de Fernando Henrique politiza o debate e comprova que não demandará muito esforço para que se explicite todo conteúdo anti-Lula da candidatura José Serra.



Entretanto, o debate político logo se transforma num monólogo acusatório e preconceituoso, onde a ficção toma o lugar do argumento. Talvez numa tentativa de repetir a estratégia do medo, FHC denuncia o governo Lula pela construção de um “capitalismo no qual governo e algumas grandes corporações, especialmente públicas, unem-se sob a tutela de uma burocracia permeada por interesses corporativos e partidários” e o PT de ser “um partido cujo programa recente se descola da tradição democrática brasileira, para dizer o mínimo”. Como um pregador, FHC alerta que “o ‘pensamento único’ esmagará os anseios dos que sustentam uma visão aberta da sociedade e se opõem ao capitalismo de Estado controlado por forças partidárias quase únicas infiltradas na burocracia do Estado”. E para aplacar qualquer dúvida sobre esta profecia, lembra que “a China está aí para demonstrar que isso é possível”.



É claro que FHC sabe que o que está dizendo não passa de acusações inaceitáveis. Ele sabe que o PT nasceu e se construiu na luta contra as concepções de “partido único”, contra a burocratização da política e a supremacia do estado.



A consolidação e a consagração do PT como um partido renovador, também para a esquerda mundial, deve-se a esta origem contestadora e antidogmática, em que a democracia é um valor supremo. Sabe também, que o êxito internacional do governo Lula não se deve apenas à qualidade da sua gestão econômica ou pelo alcance de seus programas sociais. Lula é reconhecido como um exemplo de estadista pelo seu apreço à democracia. Não há um só gesto ou intenção do nosso governo que possa sugerir um desprezo pelas regras democráticas. Muito pelo contrário, a recusa peremptória do terceiro mandato, o diálogo com a sociedade e com os movimentos sociais por meio dos Conselhos e Conferências Nacionais, a transversalidade das políticas públicas, fazem do governo Lula um exemplo do exercício democrático. Tratar os movimentos sociais como caso de polícia - como é hoje, com os professores, em São Paulo e como foi a greve dos petroleiros em 1995 - e mudar as regras do jogo para acomodar os interesses de quem governa - como foi com a instituição da reeleição no Brasil - ficaram no passado no plano federal.



Retroceder é o programa: o Brasil quebrou 3 vezes



Por isso, é de se acreditar que esta retórica do terror - mais sofisticada que aquela do “eu tenho medo” - sirva também para dissimular o vazio programático em que se encontra a direita mundial depois da crise que solapou o mundo neoliberal e que mantém a Europa encalacrada em dívidas colocando em risco, inclusive, a sobrevivência política da própria União Europeia.



Pois, se as candidaturas são “polares”, quais são os polos? Ele ataca ferozmente um, mas nem rabisca a defesa do outro! Se, para ele, o capitalismo do PT e do governo Lula é esta monstruosidade burocrática e autoritária, qual “capitalismo” é o deles?



O que Fernando Henrique quer esconder é o programa com que eles irão disputar as eleições. Ele não quer dizer que o que eles têm a propor é nada além do retrocesso. A volta das privatizações como solução para tudo e da vulnerabilidade financeira, da subserviência aos USA e ao FMI, da ameaça do desemprego, dos apagões. Isto é, ele não tem o que propor além do retorno das concepções que sustentaram os anos de seu governo, quando o Brasil faliu 3 vezes, pois não se sustentava perante as crises econômicas mundiais, e que são responsáveis pelo seu recorde de rejeição.



Talvez Fernando Henrique veja “a tutela de uma burocracia” no fato de ex-sindicalistas presidirem bancos e grandes empresas e ela ser ”permeada por interesses corporativos e partidários” signifique, para ele, defender os interesses destas empresas e do Brasil. Mas qual o problema? Por acaso, os executivos do mercado que presidiam estas mesmas instituições quando ele era presidente não defendiam interesses? Claro que sim! Só que outros: os do mercado. Aqueles mesmos interesses que levaram o sistema financeiro mundial à bancarrota em 2009, colocando milhares de trabalhadores na miséria e despertando sentimentos xenófobos como medida de autoproteção. Mas isto, evidentemente, ele não pode dizer! Até porque teria que admitir, por consequência, que o Brasil, por obra do nosso governo, foi um dos únicos países a sair ileso da mais devastadora crise econômica mundial desde a de 1929.



Na verdade, estas acusações compõem o recheio de um texto que revela outra dimensão do pensamento demotucano: o elitismo. FHC lembra o exemplo da eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e dos acordos que a envolveram para pregar uma “aliança entre Minas e São Paulo” nas eleições deste ano. O que importa para Fernando Henrique, muito mais do que a densidade eleitoral destes estados, é o conteúdo conservador desta união que marcou a história do Brasil. Mas estas questões encontram-se mais desenvolvidas na conversa reproduzida no caderno Alias.



Elitismo e tradição aristocrática



Neste debate, promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo, Fernando Henrique discorreu sobre anéis burocráticos, fundos sociais e fundos de pensão, sobre a esquerda dos anos 70, sobre a indulgência dos brasileiros. FHC mostra-se indignado com a “indecência” da política, confunde liberalismo econômico com liberalismo político, aponta riscos de cesarismo no presidencialismo ocidental e sustenta que um país só terá se desenvolvido quando “tiver telefonista ou empregada doméstica capazes de anotar um recado”. Exceto pela afirmação de que o Plano Real foi o verdadeiro responsável pela sua vitória em 1994 não há nada mais que possa sugerir que ele governou o Brasil por 8 anos. Reflete, inclusive, sobre a “incapacidade do setor estatal em garantir recursos e tecnologia” para garantir o desenvolvimento porque, afinal, “tudo foi mudando”.



Entretanto, o que mais chama a atenção aqui é a harmonia perfeita entre o seu pensamento elitista e a tradição autoritária da direita brasileira.



Enquanto troca graças e lisonjas com os debatedores, FHC esboça uma crítica virulenta aos mecanismos de expressão da população, mecanismos presentes na democracia representativa. Em uma visão tipicamente aristocrática, opõe-se à "democracia plebiscitária", vinculando o mecanismo de consulta direta à população ao governo de Hugo Chávez, de modo que democracia direta, via plebiscito, referendo e eleições, se confunda com o que ele chama de “consenso da massa”. Todos temos claro o perigo do autoritarismo das maiorias, mas a questão da democracia brasileira diz respeito a permitir que camadas secularmente excluídas participem do processo de deliberação. Os movimentos sociais, as donas de casa, os jovens, os marginalizados, com o bolsa família, com o Prouni, com os programas sociais e as políticas públicas do Governo, passaram a ter expressão e isso causa incômodo na velha ordem. Se a democracia se exprime pela máxima "todo poder emana do povo", o papel dos intelectuais não é o de contestar a participação popular, como faz Fernando Henrique, mas o de ajudar na construção de mecanismos democráticos para que a vontade popular se transforme em políticas públicas.



Por fim, gostaria de salientar que os termos em que Fernando Henrique coloca o debate eleitoral, independentemente do absurdo das acusações e da ausência de um programa para ele defender, é um salto qualitativo em relação à dissimulação programática e udenização do debate político promovido, até aqui, por outros líderes da oposição.



Não há como José Serra escapar de ser o anti-Lula porque não há possibilidades desta eleição não ser marcada pela confrontação entre estes polos. E se engana quem acha que nos convém apenas a comparação entre Lula e FHC. Esta talvez seja a mais direta, mas todas as outras também nos convêm. Vamos comparar qualquer governo petista, municipal ou estadual, com qualquer governo tucano ou do DEM. Vamos comparar Dilma com Serra. Vamos comparar a nossa ética com a deles. Vamos comparar a nossa história com a deles. Vamos comparar o Brasil que sonhamos com o Brasil que eles querem. Não há, como diz FHC, maneira de confundir. Porque será entre estes dois projetos “polares” de país, a disputa eleitoral de 2010.

José Genoíno - Deputado Federal-PT/SP

História e Hegemonia - O papel do PT

Questionado sobre a divergência acerca do tratamento dado pelo presidente do PT de Minas a Tancredo como "figura mais importante da redemocratização do país", digo que realmente não gosto desse rebaixamento político que tenta escamotear diferenças. Dá a impressão de aculturação, cessão ao censo comum e adesismo histórico. Esta fala sobre Tancredo deveria ser do presidente do PMDB, não do presidente do Partido dos Trabalhadores. E isso não invalida a aliança do PT com o PMDB. Pelo contrário, valida, pois alianças são feitas entre diferentes, porém com visão comum em determinados momentos sobre programa de governo, estratégias de desenvolvimento, ou até sobre táticas eleitorais. O PMDB, herdeiro da resistência liberal-democrática à ditadira militar, tem dado sustentação ao governo Lula e tem participado do governo. Tem executado um Programa que venceu as eleições de 2002 e 2006 no Brasil. É um partido grande, embora muito fragmentado regionalmente. Mas é um partido que dá nesse momento musculatura necessária para vencer as eleições e governar o Brasil na mesma linha de desenvolvimento com distribuição de renda, implementado por Lula eo PT. Nesse sentido, não há necessidade de rever a posição do PT sobre a transição democrática. O importante é que o PT não perca sua dimensão de classe, transformadora e formadora de homens e mulheres que se dispõe a construir um novo Brasil. A História é feita por nós também, que criamos fatos na luta social e política, e que disputamos uma visão dos fatos e acontecimentos. É isso que dá alma ao PT ou a qualquer projeto que dispute Hegemonia. Tenho dito.

Sem exagero e sem revisionismo

terça-feira, 6 de abril de 2010

No afã de agradar a opinião média mineira e seu eleitorado, o atual presidente do PT de Minas, Deputado Reginaldo Lopes afirmou: “Também porque ele foi a figura mais importante da redemocratização do Brasil”. Ele se referia a Tancredo Neves. E justificava visita da Ex-Ministra Dilma ao túmulo de Tancredo.
Menos, Deputado. O PT expulsou deputados que foram ao Colégio Eleitoral votar nele.
E fez bem, porque a conciliação promovida por setores da oposição e da ditadura impediram a aprovação da Emenda das Diretas no Congresso Nacional. Essa é a história.
Além do que, no breve governo de Tancredo em Minas, a polícia bateu em estudantes nas ruas de BH com a mesma violência da ditadura. Eu mesmo fui preso pela polícia dele apenas por lutar pelo direito dos estudantes pagarem meia entrada nos cinemas e teatros e por defender o tombamento do antigo Cine Metrópole, na Rua da Bahia.
É muito feio esse exagero e revisionismo barato. Outros podem ser os argumentos para justificar as flores no túmulo de Tancredo, mas não esse.

A reprise de 2006. Agora, como farsa

por Luiz Carlos Azenha

Em 2005 e 2006 eu era repórter especial da TV Globo. Tinha salário de executivo de multinacional. Trabalhei na cobertura da crise política envolvendo o governo Lula.

Fui a Goiânia, onde investiguei com uma equipe da emissora o caixa dois do PT no pleito local. Obtivemos as provas necessárias e as reportagens foram ao ar no Jornal Nacional. O assunto morreu mais tarde, quando atingiu o Congresso e descobriu-se que as mesmas fontes financiadoras do PT goiano também tinham irrigado os cofres de outros partidos. Ou seja, a “crise” tornou-se inconveniente.

Mais tarde, já em 2006, houve um pequena revolta de profissionais da Globo paulista contra a cobertura política que atacava o PT mas poupava o PSDB. Mais tarde, alguns dos colegas sairam da emissora, outros ficaram. Na época, como resultado de um encontro interno ficou decidido que deixaríamos de fazer uma cobertura seletiva das capas das revistas semanais.

Funciona assim: a Globo escolhe algumas capas para repercutir, mas esconde outras. Curiosamente e coincidentemente, as capas repercutidas trazem ataques ao governo e ao PT. As capas “esquecidas” podem causar embaraço ao PSDB ou ao DEM. Aquela capa da Caros Amigos sobre o filho que Fernando Henrique Cardoso exilou na Europa, por exemplo, jamais atenderia aos critérios de Ali Kamel, que exerce sobre os profissionais da emissora a mesma vigilância que o cardeal Ratzinger dedicava aos “insubordinados”.

Aquela capa da Caros Amigos, como vimos estava factualmente correta. O filho de FHC só foi “assumido” quando ele estava longe do poder. Já a capa da Veja sobre os dólares de Fidel Castro para a campanha de Lula mereceu cobertura no Jornal Nacional de sábado, ainda que a denúncia nunca tenha sido comprovada.

Como eu dizia, aos sábados, o Jornal Nacional repercute acriticamente as capas da Veja que trazem denúncias contra o governo Lula e aliados. É o que se chama no meio de “dar pernas” a um assunto, garantir que ele continue repercutindo nos dias seguintes.

Pois bem, no episódio que já narrei aqui no blog, eu fui encarregado de fazer uma reportagem sobre as ambulâncias superfaturadas compradas pelo governo quando José Serra era ministro da Saúde no governo FHC. Havia, em todo o texto, um número embaraçoso para Serra, que concorria ao governo paulista: a maioria das ambulâncias superfaturadas foi comprada quando ele era ministro.

Ainda assim, os chefes da Globo paulista garantiram que a reportagem iria ao ar. Sábado, nada. Segunda, nada. Aparentemente, alguém no Rio decidiu engavetar o assunto. E é essa a base do que tenho denunciado continuamente neste blog: alguns escândalos valem mais que outros, algumas denúncias valem mais que outras, os recursos humanos e técnicos da emissora — vastos, aliás — acabam mobilizados em defesa de certos interesses e para atacar outros.

Nesta campanha eleitoral já tem sido assim: a seletividade nas capas repercutidas foi retomada recentemente, quando a revista Veja fez denúncias contra o tesoureiro do PT. Um colega, ex-Globo, me encontrou e disse: “A fórmula é a mesma. Parece reprise”.

Ou seja, podemos esperar mais do mesmo:

– Sob o argumento de que a emissora está concedendo “tempo igual aos candidatos”, se esconde uma armadilha, no conteúdo do que é dito ou no assunto que é escolhido. Frequentemente, em 2006, era assim: repercutindo um assunto determinado pela chefia, a Globo ouvia três candidatos atacando o governo (Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque) e Lula ou um assessor defendendo. Ou seja, era um minuto e meio de ataques e 50 segundos de contraditório.

– O Bom Dia Brasil é reservado a tentar definir a agenda do dia, com ampla liberdade aos comentaristas para trazer à tona assuntos que em tese favorecem um candidato em detrimento de outro.

– O Jornal da Globo se volta para alimentar a tropa, recorrendo a um grupo de “especialistas” cuja origem torna os comentários previsíveis.

– Mensagens políticas invadem os programas de entretenimento, como quando Alexandre Garcia foi para o sofá de Ana Maria Braga ou convidados aos quais a emissora paga favores acabam “entrevistados” no programa do Jô.

A diferença é que, graças a ex-profissionais da Globo como Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e outros, hoje milhares de telespectadores e internautas se tornaram fiscais dos métodos que Ali Kamel implantou no jornalismo da emissora. Ele acha que consegue enganar alguém ao distorcer, deturpar e omitir.

É mais do mesmo, com um gostinho de repeteco no ar. A história se repete, agora com gostinho de farsa.

Querem tirar a prova? Busquem no site do Jornal Nacional daquele período quantas capas da Veja ou da Época foram repercutidas no sábado. Copiem as capas das revistas que foram repercutidas. Confiram o conteúdo das capas e das denúncias. Depois, me digam o que vocês encontraram.

Patrus Ananias é pré candidato do PT ao governo de Minas

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-Ministro Patrus Ananias se inscreveu hoje, às 18h, como pré-candidato ao governo de Minas, na Sede estadual do PT mineiro. O documento entregue e protocolado na Secretaria Estadual de Organização segue assinado pelos membros do Diretório Estadual que apóiam a candidatura de Patrus. As assinaturas correspondem à exigência do regulamento das Eleições, aprovado pela Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores.
Com o gesto, Patrus Ananias se coloca à disposição do PT para mais essa empreitada: Viabilizar um palanque forte para a Ministra Dilma e apresentar um Programa de Governo alternativo para Minas Gerais.
O prazo estabelecido pela Executiva Estadual do PT para inscrições de pré-candidaturas vence hoje.
Se não houver a inscrição do ex-prefeito Fernando Pimentel, o PT terá apenas um nome para apresentar aos demais partidos e à sociedade civil organizada de Minas Gerais.
Amanhã e depois Patrus acompanha a Ex-Ministra Dilma em visita a Ouro Preto e São João Del Rei.

Semana começa quente depois da pesquisa Vox

DATAFOLHA FORÇOU A BARRA

Realmente a nova pesquisa Vox confirmou a manipulação do DataFolha. Não houve sequer um acontecimento político que pudesse mudar tão rapidamente, naquele período, a tendência de definição do eleitorado sobre suas preferências para a eleição de outubro.
O DataFolha, ao inverter a tendência pró crescimento de Serra e recuo de Dilma, fez um trabalho que macula o Instituto. Jogou à serviço de criar um clima mais positivo na desincompatibilização de Serra, tentando animar os tucanos e segurar alguma aliança a mais para a tríade PSDB/DEM/PPS, que governou antes de Lula.
O que realmente há, nesse momento, ainda distante da eleição, é a consolidação em crescimento da candidatura da Ex-Ministra Dilma Roussef. Com o anúncio da candidatura pelo PT em fevereiro num grande Congresso, o apoio já declarado do PDT e do PMDB, e esta semana do apoio do PR e do PCdoB, e mais à frente dos demais partidos que a apoiarão, Dilma vai se consolidando. Depois, na montagem dos palanques estaduais, mais um empurrãozinho.
Quais fatos ocorreram que poderiam fazer Serra crescer e Dilma diminuir na intenção de votos? Nada, a não ser a festa da desincompatibilização de Serra. O anúncio de apoio de Roberto Jeferson e a tentativa com Roriz? Os artigos de FHC? Realmente o mar não tá prá peixe nas orlas dos tucanos!
Mas isso ainda não quer dizer vitória de ninguém. Antes da Copa do Mundo os candidatos vão ter que trabalhar muito, pois só haverá Copa do Mundo. Depois de 17 de agosto é que a cobra vai fumar!

DESPUDOR DA "grande" MÍDIA

O furor da direita e o despudor da maioria dos jornais, rádios e televisões do país devem colocar em alerta os movimentos sociais e a cidadania brasileira, pois eles não queimam a cara para manipular fatos, inventar e requentar escândalos, manipular pesquisas e fazer oposição ao governo Lula. Vejam a declaração recente da presidente da Associação Nacional dos Jornais Maria Judith Brito em artigo de Jorge Furtado em 01 de abril de 2010: "Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).

A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:

“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”

A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados “estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país”. Por que agem assim? Porque “a oposição está profundamente fragilizada”.

A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição “deste país” estaria “profundamente fragilizada”, apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).

A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo “deste país” mas não aos governos do seu estado (São Paulo).

Propriedades privadas, gozando de muitas isenções de impostos para que possam melhor prestar um serviço público fundamental, o de informar a sociedade com a liberdade e o equilíbrio que o bom jornalismo exige, os jornais proclamam-se um partido, isto é, uma “organização social que se fundamenta numa concepção política ou em interesses políticos e sociais comuns e que se propõe alcançar o poder”.

O partido da imprensa se propõe a alcançar o poder com o seu candidato, José Serra. Trata-se, na verdade, de uma retomada: Serra, FHC e seu partido, a imprensa, estiveram no poder por oito anos. Deixaram o governo com desemprego, juros, dívida pública, inflação e carga tributária em alta, crescimento econômico pífio e índices muito baixos de aprovação popular. No governo do partido da imprensa, a criminosa desigualdade social brasileira permaneceu inalterada e os índices de criminalidade (homicídios) tiveram forte crescimento.
O partido da imprensa assumiu a “posição oposicionista” a um governo que hoje conta com enorme aprovação popular. A comparação de desempenho entre os governos do Partido dos Trabalhadores (Lula, Dilma) e do partido da imprensa (FHC, Serra), é extraordinariamente favorável ao primeiro: não há um único índice social ou econômico em que o governo Lula (Dilma) não seja muito superior ao governo FHC (Serra), a lista desta comparação chega a ser enfadonha.
Serra é, portanto, o candidato do partido da imprensa, que reúne os interesses da direita brasileira e faz oposição ao governo Lula. Dilma é a candidata da situação, da esquerda, representando vários partidos, defendendo a continuidade do governo Lula.
Agora que tudo ficou bem claro, você pode continuar (ou não) lendo seu jornal, sabendo que ele trabalha explicitamente a favor de uma candidatura e de um partido que, como todo partido, almeja o poder."

O IMPASSE DE MINAS

Com o palanque de Aécio praticamente acertado, a oposição mineira - PT/PCdoB/parte do PMDB - ainda não se acertou. A desincompatibilização do Ministro Patrus Ananias foi um sinal de esperança que animou a militãncia social do estado. Mas foi apenas um primeiro passo.
Hoje vence o prazo para inscrição de candidaturas no PT mineiro pelo calendário aprovado na Executiva Estadual.
Se apenas Patrus se inscrever, o PT terá então apenas um nome para iniciar o diálogo com o PMDB, o PCdoB e os demais partidos da base aliada do governo Lula. A questão é que esses mesmos partidos são da base aliada de Aécio também. Alinhar todo esse mosaico priorizando o projeto nacional com a eleição da Ministra Dilma é que é o dilema.
Mas se o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel também se inscrever, o PT terá que decidir qual é o seu nome. E isso levará mais tempo, pois as prévias serão dia 02 de maio. Aí tudo terá que esperar um pouco mais.