O fim da verticalização atrapalha projeto nacional

terça-feira, 27 de abril de 2010

Todas as pesquisas realizadas em Minas indicam que o candidato do PT sai com uma boa arrancada e com muita chance de crescer e polarizar a eleição estadual. Tanto Fernando como Patrus têm bons índices de intenção de voto e qualquer um dos dois tem espaço enorme de crescimento eleitoral.
Duas questões estão postas: De um lado, a opção interna do PT, que tem haver com projeto político, concepção partidária, política de aliança, método de fazer política e de governar e perfis (histórias) individuais. Os filiados decidirão nas prévias.
De outro lado, o PMDB com a pré-candidatura do Ex-Ministro Hélio Costa, tensiona pelo apoio do PT. É legítima a aspiração de apoio, pois as pesquisas também o indicam bem posicionado, com a preferência das intenções de voto.
A candidatura oficial, do vice e atual governador Anastasia, vai se consolidando com o apoio da máquina estadual e tenderá a polarizar a eleição, tendo a seu lado Aécio candidato ao Senado.
O que une os partidos no país é o projeto nacional e o apoio à candidatura da Ex-Ministra Dilma.
A atual legislação é responsável por essas dificuldades, pois não existindo verticalização, os partidos impõem condições regionais para dar apoio nacional. Afinal o projeto nacional precisaria ser desdobrado nos estados com nitidez, e não o inverso, como estamos vendo.
Assim, vemos o PMDB em SP e em outros estados apoiando Serra, para ficar apenas em um exemplo da salada que se tranforma a eleição. Isso confunde o eleitor e desacredita mais a política.
Todo esforço deve ser feito para que o PMDB mineiro apóie Dilma, mas sem condicionantes finais de apoio ao seu candidato estadual. Hélio Costa é nosso parceiro no projeto nacional, tem liderança para disputar qualquer cargo político. Tem o respeito do PT. Mas o PT quer ter um candidato ao governo de Minas, pela sua trajetória e pelo que acumulou até aqui.
É importante observar que a candidatura de Anastasia/Aécio/Serra está do lado de lá. A campanha oficial mineira será em torno da continuidade em Minas e Mudança no Brasil.
O PT fará uma campanha pela continuidade no Brasil e pela começo da mudança em Minas. Essa nitidez polarizará a eleição. E nesse caso, a candidatura do PT fica mais consistente para a disputa eleitoral, dialogando claramente com os mineiros e apontando um caminho de futuro mais confiável, mais bem avalizado pelo que já fizemos e estamos fazendo. Nesse cenário, a melhor candidatura é do Patrus, de preferência com apoio do PMDB.

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