CNT/Sensus: Governo Lula é melhor que o de FHC para 76% dos brasileiros

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda feira (23), comprova que a grande maioria do povo brasileiro considera o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva muito melhor do que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Para 76%, os sete anos do governo Lula são melhores que os oito anos da era FHC, 10% acreditam que Fernando Henrique foi melhor e 11,1% afirmaram que os dois governos são iguais. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro e entrevistou 2 mil pessoas. A margem de erro é de 3%.

A pesquisa traz também a avaliação do governo e do desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que aumentou de 76,8% para 78,9% desde a última sondagem, em setembro. O índice de aprovação do governo federal também aumentou: de 65,4% para 70%.

Os brasileiros entrevistados falaram sobre a expectativa para 2010 e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010. Na última pesquisa, 20,8% dos entrevistados disseram que votariam no candidato a presidente da República apoiado por Lula; 31,4% poderiam votar; 20,2% não votariam e 24,6% somente conhecendo o candidato para poder decidir.

Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, a ministra Dilma Rousseff começa a estimular a guerra eleitoral, crescendo nas simulações e se favorecendo da avaliação negativa da imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O Serra cai em função do apoio do Fernando Henrique, que fala em nome dele, independente dele querer ou não. O apoio ostensivo de FHC é prejudicial", disse Andrade.

"Ao longo dos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos nas intenções de voto", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Na primeira lista que inclui todos os prováveis candidatos à presidência da República, José Serra aparece com 31,8%, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 21,7%, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) tem 17,5% das intenções de votos e a senadora Marina Silva (PV) apresenta 5,9%.

Brasileiro otimista

O índice de avaliação do cidadão, com relação a percepções sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública nos últimos seis meses, melhorou, passando de 45,84 pontos em maio para 47,79 em setembro.

A pesquisa CNT/Sensus também mostrou que melhorou o índice de expectativa do cidadão, que inclui expectativas sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os próximos seis meses. O indicador passou de 69,93 para 71,95 pontos.

O Brasil tem seu Fernando Lugo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Por: Elenice Oliveira

Está publicado no blog do Cláudio Humberto que: "Uma ex-empregada afirma ter um filho com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. O rapaz, hoje com 20 anos de idade, é Leonardo dos Santos Pereira que trabalha como carregador (auxiliara de serviços gerais) em um órgão público, na Esplanada dos Ministérios. Ele nasceu da relação do então senador FHC com sua empregada Maria Helena Pereira, uma negra que o impressionava por sua formosura. Leonardo é considerado muito parecido com o pai.

Demitida com o filho nos braços, Maria Helena só recebeu 130 mil dos R$ 250 mil prometidos, e uma pequena casa em Santa Maria (DF). Quem administrava o segredo e os pagamentos a Maria Helena, diz ela ,era o ex senador Ney Suassuna (PB) que depois virou ministro.

Esta notícia mostra quem verdadeiramente é Fernando Henrique Cardoso, um carrasco, e agora torna-se público como age nos bastidores com mulheres, como age depois que engravida mulheres, como age com crianças indefesas. Leonardo dos Santos Pereira foi abandonado por um pai irresponsável.

Está explicado porque d. Ruth assinou manifesto contra as cotas.

Eu estou revoltadíssima com esta notícia, que explica o titulo do livro de Ali Kamel "Não somos racistas", "Somos carrascos, hipócritas, falsários, incompetentes, traidores, machistas".

Governo quer marco para regular setor de comunicações

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Texto com 59 propostas, a ser apresentado em conferência em dezembro, quer fortalecer veículos públicos e regionais
Sugestões de várias pastas foram enviadas a delegados do encontro; pacote inclui regras de direito de resposta e ajuda para pequeno jornal.

O governo federal compilou e encaminhou aos delegados da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada no mês que vem em Brasília, pelo menos 59 propostas de mudanças no marco regulatório do setor. As sugestões, encaminhadas por vários ministérios, em geral, fortalecem os veículos estatais e públicos, incentivam a imprensa regional e criam mecanismos para fiscalizar o setor privado de rádio e TV.

Autora da proposta, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) diz que a supressão da lei de imprensa neste ano pelo Judiciário deixou o setor "sem regulação específica".

A Secom, encaminhou à Confecom a ideia de criar "mecanismos menos onerosos de verificação de audiência e circulação", o que "permitirá a jornais e rádios menores receber publicidade institucional ou de utilidade pública".

O ministério propõe, ainda, que o governo "crie mecanismos de compra de insumos básicos, como o papel-jornal, para os pequenos jornais, similares aos modelos disponíveis aos grandes", "melhorando sua competitividade".

O pacote de propostas começou a ser submetido aos debates nos Estados que vão elaborar a agenda da Confecom. O documento final da conferência poderá servir de base para o governo definir um novo marco regulatório do setor.

Marcada para ocorrer de 14 a 17 de dezembro, a Confecom é uma iniciativa do presidente Lula. Deve ser a última conferência monotemática deste ano -já foram realizadas quase 60 de outros assuntos.

A Secom também quer proibir ocupantes de cargos públicos de receber outorgas de rádio e TV. Hoje, há limitações para congressistas. A proposta fala ainda em regular "a prática de proselitismo religioso" em rádio e TV, reforçar a fiscalização para coibir a venda de horário na grade de TVs e rádios e garantir investimento publicitário em canais comunitários.

O Ministério da Cultura formalizou a defesa de uma política de "restrição à propriedade cruzada" de veículos de comunicação e da obrigatoriedade das emissoras de TV de veicular programas produzidos por produtoras independentes.

 

 

Emprego formal bate recorde em outubro e já passa de 1 milhão em 2009, diz Caged

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro registrou a criação de 230.956 empregos formais, um resultado recorde para o mês, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16).

De janeiro a outubro deste ano, segundo dados do ministério, foram criadas 1.163.607 vagas formais. Na semana passada, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já havia adiantado que a criação de vagas ultrapassaria 1 milhão no acumulado do ano até outubro.

Em outubro, foram admitidos 1.433.915 trabalhadores, enquanto 1.202.959 foram demitidos. Segundo o Ministério do Trabalho, pelo terceiro mês consecutivo, o número de empregos gerados com carteira assinada superou a marca de 200 mil.

O resultado de outubro se deve ao desempenho recorde em cinco dos oito setores da atividade econômica. O principal destaque foi a indústria de transformação, que ampliou o seu quadro em 74.552 novos postos. Outros setores com contrações líquidas recordes foram serviços (69.581), comércio (68.516), construção civil (26.156) e extrativa mineral (1.157).

Berzoini: Oposição pode “sonhar de novo” porque apagão não cola em Dilma

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, afirmou nesta quinta-feira (12) que a oposição pode ''sonhar de novo'' porque o apagão da última terça-feira não vai colar na candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência no ano que vem.

Segundo ele, as "aves de rapina" não se aguentam de felicidade com o blecaute e criam factóides para enterrar a candidatura escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Pode sonhar com outra coisa. Tentaram colar a gripe suína, a crise aérea, a CPI da Petrobras. A oposição vive de factóides e fracassam no mês seguinte. Precisam torcer muito para que aconteça outra coisa (para pegar na ministra e no presidente)", disse.

Berzoini disse que não é possível comparar o apagão de 2001 com o de ontem, que classificou de "incidente". Ele se refere ao racionamento de energia no país em 2001, que foi colocado em prática após o blecaute de 1999, quando 70% do país foi atingido, deixando 76 milhões de brasileiros no escuro e causando prejuízos.

"Todos nós nos preocupamos, é claro, mas é óbvio que isso foi um incidente localizado. Nosso modelo elétrico é muito bem sucedido. Aquilo [em 2001,durante a gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso] foi crise energética", afirmou o presidente nacional do PT.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, 18 Estados foram atingidos pelo blecaute de terça-feira (10), que deixou no escuro por cerca de 6h grande parte do país e também do Paraguai. São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo ficaram totalmente às escuras. Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia, Bahia, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte foram atingidos parcialmente. Distrito Federal também sofreu blecaute.

( Portal do PT)

Os números da Cemig que Aécio esconde

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Os investimentos nas redes e instalações foram cortados, agências fechadas e, mais de 1.561 postos de trabalho eliminados.

O choque de gestão, tão alardeado pelos tucanos em toda minas gerais, não passa de um sucateamento do estado e precarização das condições de trabalho dos servidores.

Desde a posse de Aécio em 2003:

- O tempo médio de falta de energia por consumidor aumentou 27%;
- Cemig fechou 1561 dos postos de trabalho;
- Morte de 59 trabalhadores vítimas de acidentes na Cemig, 51 eram terceirizados;
- A justiça condenou a Cemig a pagar mais de R$ 12,5 milhões em ações judiciais por práticas antissindicais (perseguição aos trabalhadores e ao sindicato);
- O governo mineiro cobra o ICMS de 30% na conta de luz do consumidor residencial, o mais alto do país. Enquanto o ICMS para bebidas alcoólicas é de apenas 12%;
- Nos últimos sete anos não houve investimentos da Cemig em usinas no Estado. O Governo Federal, por meio de Furnas, é que está construindo cinco usinas em Minas.

Berzoini: Oposição pode "sonhar de novo" porque apagão não cola em Dilma

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, afirmou nesta quinta-feira (12) que a oposição pode ''sonhar de novo'' porque o apagão da última terça-feira não vai colar na candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência no ano que vem.
Segundo ele, as "aves de rapina" não se aguentam de felicidade com o blecaute e criam factóides para enterrar a candidatura escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Pode sonhar com outra coisa. Tentaram colar a gripe suína, a crise aérea, a CPI da Petrobras. A oposição vive de factóides e fracassam no mês seguinte. Precisam torcer muito para que aconteça outra coisa (para pegar na ministra e no presidente)", disse.
Berzoini disse que não é possível comparar o apagão de 2001 com o de ontem, que classificou de "incidente". Ele se refere ao racionamento de energia no país em 2001, que foi colocado em prática após o blecaute de 1999, quando 70% do país foi atingido, deixando 76 milhões de brasileiros no escuro e causando prejuízos.
"Todos nós nos preocupamos, é claro, mas é óbvio que isso foi um incidente localizado. Nosso modelo elétrico é muito bem sucedido. Aquilo [em 2001,durante a gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso] foi crise energética", afirmou o presidente nacional do PT.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, 18 Estados foram atingidos pelo blecaute de terça-feira (10), que deixou no escuro por cerca de 6h grande parte do país e também do Paraguai. São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo ficaram totalmente às escuras. Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia, Bahia, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte foram atingidos parcialmente. Distrito Federal também sofreu blecaute.

( Portal do PT)

Auditores acusam Aécio de favorecer sonegadores

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dos sete estados que integram as regiões Sul e Sudeste, Minas Gerais é o único que registra queda na arrecadação do ICMS em 2009. O governador Aécio Neves (PSDB) culpa exclusivamente a crise econômica e, em nome dela, cortou R$ 450 milhões em investimentos atingindo as áreas da saúde, educação e segurança. Mas o Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco-MG) aponta outra causa para a perda de receita que, de janeiro a outubro, chegou a R$ 1,7 bilhão. De acordo com a entidade, o resultado negativo da arrecadação de ICMS é fortemente influenciado pela má gestão das políticas fiscais do Governo Aécio.

“Não podemos pactuar com o discurso de que a crise financeira foi a única responsável pela queda na arrecadação. Temos a obrigação de denunciar o desmonte da estrutura de fiscalização em Minas Gerais”, alerta o presidente do Sindifisco-MG, Matias Bakir Faria.

Pelas contas do Sindifisco, a cada ano o Estado deixa de arrecadar R$ 4,6 bilhões em conseqüência da concessão de regimes especiais que desoneram grandes empresas do pagamento de tributos. Em muitos casos os benefícios contrariam a determinação do Código Tributário Nacional (CTN) que impede a concessão de anistia fiscal a empresas que praticam crimes como fraude e simulação tributária. Bakir cita o exemplo da Sada Transportes que, em 2008, foi anistiada do pagamento de R$ 95 milhões em ICMS, juros e multas.

Outro benefício contestado pelo Sindifisco é o Protocolo de Intenções. Neste regime fiscal, empresas ganham isenção tributária e, em contrapartida, se comprometem a gerar emprego e renda para a comunidade onde se instalam. De acordo com os auditores, esse benefício é utilizado de forma indiscriminada, sem haver o devido acompanhamento do governo.

“Um estado que, em sete anos, aumentou sua dívida consolidada de R$ 35 bilhões para R$ 60 bilhões não pode se dar ao luxo de conceder tantas isenções fiscais”, afirma o presidente do sindicato.

Os auditores também acusam o governador Aécio Neves de patrocinar o desmonte da estrutura de fiscalização e planejam entrar com uma representação junto ao Ministério Publico contra o fechamento de postos da Receita Estadual localizados em rodovias mineiras. Em 2009, o governador mandou fechar sete postos e outros 15 serão desativados nos próximos meses. Os auditores advertem que essa iniciativa, além de inconstitucional, facilita a ação dos sonegadores e reduz, ainda mais, a arrecadação do Estado.

Eles se opõem também à criação da Superintendência de Fiscalização, que centraliza o planejamento e a coordenação das atividades de fiscalização dos tributos estaduais, transferindo para seus diretores a responsabilidade pela emissão de multas. O problema, segundo Matias Bakir, é que os diretores responsáveis por essas atividades ocupam cargos comissionados ficando mais vulneráveis às pressões externas.

“Nunca houve tanta pressão do governo do Estado como agora. Pedidos de cancelamentos de processos e multas são comuns nesta administração. Esta superintendência veio para facilitar a interferência do governo”, denuncia.

Fonte: Brasília Confidencial

Do blog do Juca Kfouri

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Covardia de Aécio Neves

Aécio Neves, o governador tucano de Minas Gerais, que luta para ter o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio.

Depois do incidente, segundo diversas testemunhas, cada um foi para um lado, diante do constrangimento geral.

A imprensa brasileira não pode repetir com nenhum candidato a candidato a presidência da República a cortina de silêncio que cercou Fernando Collor, embora seus hábitos fossem conhecidos.

Nota: Às 15h18, o blog recebeu nota da assessoria de imprensa do governo mineiro desmentindo a informação e a considerando caluniosa.

O blog a mantém inalterada.

Por Juca Kfouri

Adeus, periferia

Para o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, nomeado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, o Brasil tornou-se mais relevante

Cynara  Menezes

Pouco conhecido e muito falado, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães deixou a Secretaria de Relações Exteriores do Itamaraty para ocupar, há duas semanas, a- Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Trata-se do homem acusado de tentar doutrinar diplomatas e de ser o representante do anti-imperialismo mais retrógrado nas relações internacionais do governo Lula.


O tempo lhe deu razão ao defender a política Sul-Sul, de favorecimento das relações com a África e os vizinhos sul-americanos. Em entrevista exclusiva à Carta Capital, o embaixador, que aos 70 anos estava às vésperas de se aposentar do serviço público, assume seu nacionalismo e as restrições à globalização, e acusa os governos anteriores de terem se alinhado "em excesso" aos EUA.


Chamado de "guru de Hugo Chávez" pelo próprio Lula, Guimarães recebeu do presidente a incumbência de planejar estratégias para 2022, quando se completam 200 anos de independência. Muito embora, para o autor de Quinhentos Anos de Periferia (Contraponto Editora), o futuro do "país do futuro" já tenha chegado. "Ainda há muito a ser feito, mas o Brasil está deixando a periferia, sem dúvida."

Juanita e o passado sinistro do Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores atravessou todo o período da ditadura militar como se vivéssemos no melhor dos mundos, enquanto perseguia diplomatas - intelectuais como Antonio Houaiss, Vinícius de Morais, João Cabral de Melo Neto entre muitos. E prestou-se a papéis indignos mesmo antes do golpe de 1964. Vale a pena lembrar tais coisas embora neste momento o Itamaraty, com o ministro Celso Amorim à frente, conduza com sucesso uma política externa exemplar. O artigo é de Argemiro Ferreira.

 

Argemiro Ferreira

 

Há uma particularidade insólita sobre nosso ministério das Relações Exteriores, o velho Itamaraty. Sempre desfrutou de boa imagem, menos por merecê-la do que pela prática nefasta, talvez de muitos anos, de varrer a sujeira para debaixo do tapete. Atravessou, por exemplo, todo o período da ditadura militar como se vivéssemos no melhor dos mundos, enquanto perseguia diplomatas - intelectuais como Antonio Houaiss, Vinícius de Morais, João Cabral de Melo Neto entre muitos. E prestou-se a papéis indignos mesmo antes do golpe de 1964.

Vale a pena lembrar tais coisas embora neste momento o Itamaraty, com o ministro Celso Amorim à frente, conduza com sucesso uma política externa exemplar. O que sugere revisitar a questão é a iniciativa de uma cubana de Miami, 76 anos de idade, notória pelo detalhe de ser irmã de Fidel e Raul Castro, de revelar num prolixo livro de memórias (Fidel y Raúl, Mis Hermanos – La Historia Secreta, 432 páginas), ter sido agente da CIA, central de espionagem dos EUA, graças à diplomacia brasileira.

Juanita Castro não fez a revelação nesses termos, mas o que escreveu (ou o que escreveu para ela a co-autora mexicana Maria Antonieta Collins, especialista em livros de auto-ajuda que ensinam dietas, receitas, como lidar com ex-maridos, livrar-se do vício do cartão de crédito, etc) permite chegar a tal conclusão. Sem atribuir explicitiamente a carreira de espiã à nossa diplomacia, ela diz ter sido recrutada para a atividade pouco nobre através da mulher do embaixador Vasco Leitão da Cunha, que então servia em Havana.

O péssimo exemplo da embaixatriz

É conveniente esclarecer que, entre outras coisas, agora Juanita se diz traída duas vezes - uma pelo irmão Fidel, a outra pela CIA e os EUA. No primeiro caso, a gente entende: como governante Fidel optou por cuidar dos problemas do país, não dos interesses da família. Quanto ao país que a recebeu, queixou-se de que a CIA no governo do presidente Nixon, eleito em 1968, pediu a ela para mudar o discurso e sustar os ataques a Cuba e Fidel - ou seja, dizer o contrário do que dizia até então.

Mas voltemos à diplomacia. Como chefe da missão do Brasil, o embaixador Leitão da Cunha recebera Juanita como asilada em 1958, ainda no governo JK. Ela alegara correr risco por ser irmã de Fidel, então líder dos guerrilheiros que lutavam contra o ditador Fulgencio Batista. Vitoriosa a revolução no primeiro dia de 1959, ela deixou a embaixada. E em 1961, depois do fracasso (em abril) da invasão da CIA (na baía dos Porcos) a embaixatriz Virginia Leitão, ciente da atividade dela contra o governo revolucionário do irmão, chamou-a para uma conversa. E sugeriu que passasse a colaborar “com uns amigos que conhecem seu trabalho (contra o governo) e querem ajudá-la”.

De acordo com a versão, Virginia encarregou-se de promover o encontro de Juanita com um dos “amigos”, Tony Sforza, então usando o codinome “Enrique”, depois de ter atuado um tempo sob o disfarce de jogador e frequentador de cassinos, com o codinome “Frank Stevens”. Logo depois Juanita passava a operar como agente da CIA em território cubano, com o codinome “Donna”. A se acreditar no livro, durante quase três anos (até 1964, quando foi para os EUA), ela “protegia”, inclusive escondendo em sua casa, críticos e opositores da revolução.

As relações promíscuas de diplomatas
Daí em diante Juanita foi usada permanentemente pela CIA como arma de propaganda. A ligação dela com a espionagem americana não era segredo. Já em 1975, no seu livro Inside the Company - CIA Diary, o ex-espião Philip Agee, citou-a como “agente de propaganda da CIA”. E num livro póstumo de 2005, Spymaster - My Life in the CIA, o célebre Ted Schackley, controvertido ex-chefe de operações da agência, revelou publicamente, pela primeira vez, que o contato da CIA com Juanita Castro tinha sido feito através da embaixatriz brasileira Virginia Leitão da Cunha.

Difícil é entender porque o fato ainda era ocultado no Brasil e porque não se tenta saber mais sobre as relações promíscuas de diplomatas e gente direta ou indiretamente ligada ao Itamaraty, dentro e fora do país? O mesmo livro que fizera (em 1975) a primeira referência à relação de Juanita com a CIA também registrara que no Uruguai, na década de 1960, o embaixador brasileiro Manuel Pio Corrêa atuara como espião da CIA.

Mas só em julho de 2007, graças a série de reportagens do Correio Braziliense durante quatro dias seguidos, o país soube a extensão do papel de Corrêa. Depois de passar pelo Uruguai e pela Argentina ele foi premiado com a secretaria geral do Itamaraty e usou o cargo - e os superpoderes recebidos no governo Castello Branco - para criar insólita máquina de espionagem no ministério, com alcance mundial. Um certo Centro de Informações do Exterior (CIEX) dedicava-se a monitorar em toda parte, com a ajuda de nossos diplomatas, os exilados brasileiros e críticos do regime militar.

D. Hélder e a espionagem de Pio Corrêa
Por alguma razão desconhecida a grande mídia do resto do país, cúmplice do golpe de 1964 e beneficiária da ditadura durante 20 anos, preferiu praticamente ignorar o conteúdo daquelas reportagens. Mas um dos efeitos conspícuos da ação do CIEX pode ter sido a campanha mundial orquestrada pela diplomacia brasileira para impedir a concessão do prêmio Nobel da Paz ao arcebispo Hélder Câmara, que denunciava torturas e abusos contra os direitos humanos no Brasil. A maquinação torpe devia ser hoje motivo de estudo e repúdio na formação dos futuros diplomatas.

Mas os segredos do Itamaraty, ao contrário, parecem intocáveis. No seu livro de memórias, O mundo em que vivi, o próprio Pio Corrêa, ao negar perseguição a Vinícius de Moraes (que se desligou, alega ele, num acordo amistoso) vangloriou-se de ter demitido “pederastas”, “vagabundos” e “bêbados”. Houaiss e João Cabral já eram perseguidos antes da ditadura, como alvos de campanha macarthista liderada, ainda no início da guerra fria, pela Tribuna da Imprensa ao tempo de Carlos Lacerda, que os denunciava como subversivos em manchetes de primeira página.

Seria no mínimo saudável arejar esse passado recente e não perpetuar o sigilo. O Itamaraty foi suspeito antes de ocultar seus erros e ainda os gastos elevados, como se fosse uma caixa preta. O fato de alguém como Virginia Leitão da Cunha - cujo marido ocupou altos cargos, foi até ministro do Exterior da ditadura - ter atuado como espiã a serviço de potência estrangeira, dentro da embaixada brasileira, e recrutado agente para serviço de espionagem de outro país, é vergonha que tem de ser exposta à execração pública, para o exemplo nunca ser seguido. E se deixar de ser feita coisa parecida em relação aos Pio Corrêa da vida, a impunidade funcionará como estímulo no futuro ao mesmo comportamento deprimente - que revela subserviência e rebaixa a qualidade de nossa diplomacia.

Fonte: http://argemiroferreira.wordpress.com/

Sem divulgação com destaque na nossa "imprensa"

Em quase todos os países do mundo, um prêmio internacional concedido ao seu dirigente máximo é divulgado e comemorado, pois é um reconhecimento ás realizações de seu próprio povo. Assim, ao saber do prêmio, todos se sentem orgulhosos e recebem com júbilo o reconhecimento das suas próprias realizações.

No Brasil, ao contrário, a grande imprensa esconde ou releva ao plano secundário os prêmios recebidos pelo atual presidente. Esconde para não dar importância ao seu governante bem sucedido e esconde, sobretudo, para manter o complexo de vira-lata de nosso povo. Julgam que serve melhor aos poderosos o nosso povo oprimido, subalterno e inferiorizado, ou seja, julgam que a altivez do nosso povo é contrária aos interesses da elite econômica do país e das multinacionais que aqui prosperam. A nossa mídia julga e joga pelos interesses com os quais sempre pactuou, em detrimento do nosso povo.

Por: Carceroni

01 de novembro de 2009


Na próxima quinta-feira (5) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe, em Londres, na Inglaterra, prêmio concedido pela Chatham House como forma de reconhecimento por sua atuação nas relações internacionais e na condução da política econômica e social brasileira.

A Chatham House, instituto de assuntos internacionais do Reino Unido, concede o prêmio anualmente e premia Lula como forma de reconhecimento por sua atuação no sentido de reduzir a pobreza no Brasil por meio de políticas econômicas que mantiveram o equilíbrio fiscal e evitaram o aumento da inflação.

O site da Chatham House cita também a atuação de Lula na solução de crises regionais e o estabelecimento da missão de paz no Haiti, além do fortalecimento da inserção do Brasil no cenário global e sua atuação para fomentar o consenso nos foros multilaterais econômicos e comerciais.

O presidente Lula estará em Londres nos dias 4 e 5 e, além da premiação, terá encontros com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e com a rainha Elizabeth II.

Entrevista com o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães

Carta Capital: Depois de anos no Itamaraty, o senhor está estranhando a mudança para outro ministério?

Samuel Pinheiro Guimarães: Não.Na minha carreira, trabalhei na Sudene, como jornalista na antiga revista Visão, numa grande empresa de engenharia em São Paulo, fu vice-presidente da Embrafilme...


CC: Quando o ministro Celso Amorim en presidente (em 1982), não é? Esta parceria vem de longe.


SPG: Somos amigos desde 1962, eu esta vá no segundo ano do Instituto Rio Branco e ele, no primeiro. Trabalhamos junto várias vezes dentro do Ministério das Relações Exteriores. E nos tornamos consogros: minha filha é casada com o filho dele.


CC: O senhor chegou a ter um cargo n governo Fernando Henrique Cardoso, d qual foi afastado por fazer restrições públicas à entrada do País na Área de Livre Comércio das Américas (Alça), é assim?


SPG: Em 1995, fui designado diretor d Instituto de Pesquisas de Relações Intei nacionais e fiquei no cargo até 2001. Expressei minha opinião sobre o que considerava serem riscos para a economia brasileira se o País viesse a participar da Alca. Em entrevistas, artigos e até no meu livro Quinhentos Anos..., que é anterior, de 1999, onde há todo um capítulo sobre esse tema. Dois anos depois, acharam que o debate não era oportuno. E eu achei que era.


CC: O tempo mostrou que o senhor estava correio.


SPG: Sim, teria sido gravíssimo. Hoje não teríamos o Banco do Brasil como banco estatal, nem a Caixa, nem o BNDES, que foi o que permitiu que escapássemos de um impacto maior da crise financeira. Sofremos um impacto na área de exportações, porque os outros países foram se contraindo. Mas internamente não, em grande parte porque o sistema de crédito brasileiro era regulamentado e, se viesse a ser assinada a Alça, seria altamente desregulamentado. Eram as ideias da época. Por outro lado, não teríamos a Petrobras e, portanto, não sei se teríamos o pré-sal.


CC: O senhor tem se envolvido na questão energética. Será uma de suas prioridades na secretaria?


SPG: Uma das áreas que o presidente indicou foi o desenvolvimento de um projeto para o Brasil em 2022. Isso abrange, naturalmente, energia. Nós gostaríamos, também, que o Brasil tivesse certo nível de renda. Isso significa aumento da produção e aumento dos investimentos, inclusive na área de energia. Outra questão importante é definir uma estratégia de desenvolvimento da Amazônia.


CC: O senhor se considera um nacionalista?
SPG: Considero que coloco os interesses do Brasil, dos brasileiros, das empresas brasileiras, acima dos interesses das que não são.


CC: A política Sul-Sulf oi ideia sua?
SPG: Não me considero formulador da política externa. O presidente e o ministro Celso Amorim tinham uma ideia muito precisa das prioridades. A primeira era a relação com os vizinhos da América do Sul, depois a África. Só aí já temos praticamente dois terços do Sul. O presidente, quando tomou posse, tinha uma vastíssima experiência internacional que na época não se deram conta, tinha feito mais de uma centena de viagens ao exterior. O primeiro mandatário estrangeiro que recebeu em sua casa foi Helmut Schmidt (chanceler alemão de 1974 a 1982), se não me engano. Quando visitou a Líbia pela primeira vez como presidente, com grande preocupação da imprensa, já tinha ido três vezes antes, conhecia o líder da revolução. Era totalmente experiente no trato das questões internacionais. E Celso Amorim já tinha sido embaixador junto às Nações Unidas, em Genebra, em Londres. Também tinha uma vasta experiência internacional, em temas políticos e econômicos, o que não é muito comum. Talvez, pelo que já escrevi, tenha tido possibilidade de colaborar para que certos temas fossem considerados estratégicos, como a questão da integração sul-americana.


CC: O Brasil está deixando a periferia de que o senhor trata no seu livro?
SPG: Ainda há muito a ser feito, mas, sem dúvida, está deixando. O número de pessoas abaixo da linha de pobreza caiu, cresceu a chamada classe média. Aumentou o número de pessoas pobres na universidade, através do ProUni, os empregos formais. O salário mínimo subiu acima da inflação. O Brasil é o segundo maior país subdesenvolvido em termos de ingresso de capitais, depois da China. E os capitais estrangeiros vêm porque é lucrativo, não viriam para perder. Não que muitas coisas não existissem, mas há uma diferença na qualidade e na quantidade muito grande. As exportações se multiplicaram por quatro, o comércio com a África quintuplicou. No entanto, há um silêncio conveniente sobre os sucessos... Pode-se sempre dizer: multiplicou por cinco, mas... E a famosa palavra que hoje se encontra com frequência, "mas"... Como a manchete que vi outro dia: 'O emprego aumentou, mas a informalidade não diminuiu'. Há sempre um "mas".


CC: O senhor acha que existe uma má vontade com o governo?

SPG: Não é má vontade. Hoje em dia, especificamente, há uma questão política, de embate político entre partidas.


CC: A mídia está incluída nisso?

SPG: Diria que há uma insuficiente cobertura das realizações e uma excessiva cobertura de microeventos. Toma-se um pequeno evento, cria-se uma enorme celeuma, depois ele desaparece. Não é comprovado e desaparece. Mas a população brasileira sabe das realizações do governo. Ninguém tem esses índices de popularidade após seis anos e meio por acaso.


CC: Após à escolha do Rio para as Olimpíadas, começou a haver releituras do livro Brasil, o País do Futuro, de Stefan Zweig, antes visto de forma pejorativa, como se o Brasil nunca fosse para...

SPG: Sim, a ideia depreciativa de que o Brasil é do presente, nunca do futuro. Talvez Zweig tenha sido um profeta, talvez o futuro já tenha chegado. O futuro está em curso.


CC: O presidente Lula chama o senhor de guru do Hugo Chávez. Como é isso?

SPG: O presidente Chávez tomou conhecimento do meu livro Quinhentos Anos... e leu, segundo disse, várias vezes. De modo que é uma forma carinhosa de o presidente se manifestar. E um exagero. Chávez não precisa de guru.


CC: Recentemente, o ex-ministro das Relações Exteriores mexicano Jorge Castaneda insinuou em uma entrevista que a ideia de abrigar Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Honduras foi sua.

SPG: Não tem nada disso. O presidente Zelaya procurou a Embaixada do Brasil. Ele é o presidente eleito, legítimo, que foi deposto por um golpe de força. Então é o presidente que o Brasil reconhece. Os golpistas é que não podem ter embaixador aqui.


CC: O senhor tem fama de ser um professor muito rígido no Instituto Rio Branco. É mesmo?
SPG: Ao contrário, sou um professor muito leniente. A senhora já encontrou a minha ampulheta? (Foi publicado que Guimarães contava o tempo dos subordinados com uma ampulheta) Nunca existiu. As pessoas vão inventando coisas.


CC: O senhor foi acusado de doutrinar diplomatas, obrigando-os a lerem livros supostamente esquerdistas.


SPG: Era uma ideia de reciclagem. Quando o diplomata retornava ao Brasil, antes de voltar a trabalhar, pedia que lessem certos livros. Primeiro, a vida do Barão do Rio Branco: as pessoas devem conhecei o patrono de sua casa. É um livro do Al varo Lins, considerado a melhor biogra fia do barão. Depois, um livro sobre a economia do Brasil de 1930 a 1964, do profes sor Ricardo Bielchowski, com prefácio de Roberto Campos e Celso Furtado, o que mostra sua isenção. Tanto um economista mais à esquerda quanto outro mais à direita acham que é um livro muito bem-feito. E, por último, Brasil, Argentina e Estados Unidos, de Luiz Alberto Moniz Bandeira. No dia em que ler livros for considerado algo ruim, estaremos muito mal.


CC: Como o senhor responde às acusações de ser antiamericano?
SPG: Não me considero antiamericano sou sempre a favor do Brasil. Os EUA são c país mais importante do mundo. Em todas as questões, a posição americana é muito importante, fundamental. Meio ambiente, comércio, questões militares, políticas Mas a visão dos EUA às vezes é diferente da do Brasil, isso não tem nada de mais Agora, em muitas ocasiões do passado, as pessoas julgaram que era conveniente para o Brasil se alinhar com os EUA de uma forma, na minha opinião, excessiva.


CC: Li que o senhor também detesta a globalização...
SPG: Ninguém pode detestar um fenômeno, a globalização é um processo histórico. Mas talvez o mundo estivesse mais integrado antes da Primeira Guerra Mundial do que hoje. As pessoas podiam viajar sem passaporte, migrar livremente de um país para outro, não havia nenhuma restrição ao fluxo de capital... Se nós tivéssemos cumprido a política neo-liberal que advogava a globalização, estaríamos hoje numa situação dificílima, gravíssima. Se estamos nos recuperando é porque os governos anteriores, ao aplicar as políticas neoliberais, não conseguiram avançar até onde desejavam.


CC: Como o senhor é comunista e se filiou ac PRB, partido do bispo Marcelo Crivella, da Igreja Universal? É um comunismo cristão?

SPG: É outra desinformação. Fui indicado pelo PRB para o cargo, mas não sou filiado ao partido.


CC: E comunista, é?

SPG: Acho que isso não se coloca... Não sou filiado a nenhum partido, nem ao PT. Sou um progressista.