Brasil assume vaga provisória no Conselho de Segurança da ONU

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A partir deste ano o Brasil ocupará, por 24 meses, uma vaga provisória no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição à Costa Rica. Mas o esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é para conseguir que o Brasil ocupe um dos assentos permanentes do conselho. Em cada reunião com autoridades estrangeiras, Lula reitera o pleito brasileiro.

Os outros quatro novos integrantes do conselho, ao lado do Brasil, são a Bósnia Herzegovina, o Gabão, o Líbano e a Nigéria. Por dois anos, a presidência do órgão ficará a cargo da China. A primeira reunião de 2010 será realizada ainda esta semana sob o comando do embaixador chinês Zhang Yesui.

O conselho reúne 15 integrantes, dos quais cinco são permanentes e dez eleitos pela Assembleia Geral da ONU para um período de dois anos. Os membros permanentes são a China, os Estados Unidos, a Rússia, a França e o Reino Unido.

Os conflitos e as crises internacionais são discutidos pelo conselho, que pode autorizar intervenção militar nos países em confronto. Para uma resolução ser aprovada pelo órgão, é necessário maioria de nove dos 15 membros, inclusive dos cinco permanentes. Um voto negativo de um dos integrantes representa veto à medida.

Há uma série de debates, capitaneados pelo presidente Lula, em defesa de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU. Para o governo brasileiro, há um desequilíbrio que não representa a nova ordem mundial. A ideia é ampliar de 15 para 25 os membros com espaço para dois integrantes da Ásia, um da América Latina, um do Leste da Europa e outro da África
AR

Não tem sentido mais o atual Organograma da ONU. O Presidente Lula tem lutado para instituir mudanças na Organização mundial e o Brasil tem papel de destaque hoje nesta discussão. Como pode um Conselho de Segurança permanente com cinco membros deter o poder sobre os conflitos no planeta? Além de ser justa a reivindicação do Brasil de fazer parte do Conselho Permanente de Segurança é preciso refazer a legislação a partir do mundo atual.
A ONU deve cumprir um papel cada vez mais ativo na regulamentação dos conflitos e na promoção da paz, na superação da pobreza, e no desenvolvimento sustentável das nações, com vista à preservação da vida humana.
É possível avançar na construção de um governo mundial a partir desses parâmetros, respeitando a autonomia e auto-determinação dos povos? Como enfrentar os interesses do capital para construir uma nova ordem mundial? Essas reflexões são atualíssimas na luta pelo socialismo democrático. Basta ver o papel de destaque que tem o presidente Lula e o Brasil nas questões internacionais. E, claro o mapa dos governos do campo de esquerda e progressistas no eixo Sul-Sul. A eleição de Obama abre espaço para mobilizar o planeta contra as políticas imperialistas? Perguntar não ofende.
Gleber Naime

0 comentários: