Leonardo Diniz: a memória que não pode faltar

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Transcrevo abaixo, matéria enviada pelo amigo Alexandre, e publicada no cidade mais.

*Leonardo foi o prefeito que marcou a história de Monlevade: antes de Lelé e depois. Sem desmerecer ninguém. É que ele inaugurou uma nova maneira de fazer política e de administrar, que beneficiou em muito a cidade. Ainda vamos falar sobre essa experiência com mais profundidade. Valeu Leonardo!

"Há exatos nove anos deixava esse "plano" o ex-prefeito, ex-vereador e líder sindical de João Monlevade, Leonardo Diniz. Como todo semeador de sonhos, Leonardo promoveu um bom cultivo e plantou boas sementes de justiça social na cidade que escolheu para viver. Hoje seu filho, Belmar Diniz, uma das sementes, segue os passos do pai e busca cultivar o que foi plantado.Em 2003 Leonardo foi homenageado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, por iniciativa das então deputadas, Jô Moraes (PC do B), Maria Tereza Lara (PT) e Cecília Ferramenta, também petista. Elas relembraram os grandes momentos da luta operária em Minas e a resistência histórica dos metalúrgicos monlevadenses diante a Ditadura Militar.Na década de 80, quando João Paulo Pires era considerado um dos grandes ícones da luta sindical, Leonardo Diniz começava a construir a sua história no sindicalismo monlevadense.Em 1989 assumia a Prefeitura de Monlevade. Entre as obras realizadas em sua administração está a Praça do Povo e o Velório Municipal. Durante sua gestão implantou serviços como as escolas municipais Monteiro Lobato situada no bairro Novo Cruzeiro e a do Promorar, que recebeu o nome do bairro, o Serviço de Saúde Bucal, Serviço de Saúde Mental (Sesamo) e Vigilância Sanitária, hoje Vigilância em Saúde (Visa). Todas as obras voltadas ao social. Em biografia disponível no site do Sindicato dos Metalúrgicos, o professor Geraldo Eustáquio Ferreira, o Dadinho, escreveu: "como político, à frente da Prefeitura de Monlevade, no período 1989-1992, sua administração se destacou principalmente pela forte participação popular, que confluiu na adoção do Orçamento Participativo, debatido em primeira instância pelo povo". Sobre os investimentos, o professor completou: "preocupou-se, ainda, com a saúde bucal em um momento em que quase ninguém falava nisso no Brasil e que hoje virou obrigação nos municípios". No ano de 1997, Diniz foi eleito vereador obtendo nas urnas 1,6 mil votos. Marco nunca conseguido na história do município. Em 28 de maio de 2000, Leonardo faleceu, mas permanece na história de João Monlevade como um ícone político."

Programa Nacional do PT - 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A sanha da oposição sem projeto

Escrevi neste blog um artigo intitulado Esperteza Patética, acerca dos 3 patéticos senadores tucanos Sérgio Guerra, Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, no ato vazio de instalação da CPI da Petrobrás. Aliás, os três deves estar participando do Movimento dos Sem Voto(MSV) em seus estados de origem. Dificilmente voltarão para o senado. Agora, outro senador tucano, do Pará, Mário Couto, que também está se associando ao MSV, tem seu momento patético na tribuna do Senado, pedindo a CPI do DNIT. É muita cara de pau desse povo, depois de tudo que fizeram no país. Abra a CPI de Tudo, dos governos deles em seus estados de origem, do DNIT e, junto, do antigo DNER no governo FHC, onde eles ma(m)(nd)avam, já que não tem objeto determinado, como manda a lei.
A oposição controla o TCU, formado por ex deputados deles. Por quê não abre a CPI do TCU para averiguar seus próprios Contratos?
Eles estão desesperados, morrendo de medo das eleições no ano que vem. Sem pauta, se trasvestem de musas da moralidade. Mas essa vestimenta cai tão mal pra eles!

Preço da gasolina: Tucanos e mídia usam instituto para promover factóide

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Impressionante a articulação e a desfaçatez dos poderosos de plantão:

Ontem o Instituto Millenium, do Rio Grande do Sul, lançou a campanha “gasolina sem impostos”. Escolheram meia dúzia de postos no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas. Eles vendem a gasolina sem cobrar a CIDE - que será paga pelo Instituto. A ideia é mostrar como o governo tunga os contribuintes com impostos.
A quantidade de postos era irrisória; os ecos na mídia, desproporcionais.
Fazem parte do Conselho de Governança do Instituto Gustavo Franco e alguns próceres da mídia, como Roberto Civita e João Roberto Marinho. O gestor do fundo patrimonial é Armínio Fraga. O Conselho Editorial é composto por Antonio Carlos Pereira - chefe dos editorialistas do Estadão - e do inacreditável Eurípedes Alcântara, da Veja.
A ironia da história é que a CIDE foi criada por um governo do qual faziam parte Gustavo Franco e Arminio Fraga. Foi reduzida recentemente.
É importante haver centros de pensamento liberais de bom nível - assim como de outras tendências. Mas não se pode enveredar pela fabricação de factóides que, em vez de elevar o debate, acabam denotando oportunismo político.
*** Postado pelo jornalista Luís Nassif em seu blog

O sorriso cura

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como disse um amigo, este sorriso cura qualquer coisa.
José Alencar é um exemplo de amor à vida, para todos nós.
Posted by Picasa

Dinheiro mais barato para todos

BB amplia em R$ 13 bi oferta de crédito e diminui juros.
1. O Banco do Brasil anunciou alta de R$ 13 bilhões no limite de crédito concedido a 10 milhões de clientes pessoas físicas, mais de um terço dos correntistas.
2. Em média, é como se cada cliente beneficiado ganhasse R$ 1.300 a mais no limite de endividamento; o valor exato, porém, varia de pessoa para pessoa.
3. O BB também baixou juros em nove modalidades de empréstimo, incluindo financiamento de carros e eletrodomésticos da linha branca.

***Opinião: O governo acerta mais uma vez nas medidas para enfrentar a crise: Barateia o custo do dinheiro e melhora as condições de crédito para uma base maior da população. A oposição fica louca, pois no governo deles a cada crise eles aumentavam os impostos e os juros. Recordar é importante!

Governo vai definir política de correção de aposentadorias maior que o mínimo

Discurso de Berzoini dá a dica: Vem aí nova política para as aposentadorias acima do mínimo

O SR. RICARDO BERZOINI (PT-SP. Sem revisão do orador.) - Bom dia a todos os companheiros e companheiras da luta nacional dos aposentados. Quero cumprimentar o Deputado Arnaldo Faria de Sá, que tem sido aqui, juntamente com muitos outros Parlamentares, uma liderança importante que sempre traz à pauta a questão dos aposentados. Quero também cumprimentar, assim cumprimentando toda a Mesa, o companheiro Warley, Presidente da COBAP, um grande lutador, que honra os trabalhadores da ativa e os aposentados com seu espírito de luta e de combatividade, e o Senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, também um grande lutador. Muitos devem se lembrar de que o Senador Paulo Paim passou boa parte da década de 90 com a bandeira do salário mínimo de 100 dólares. À época — ele era aqui Deputado como nós — , o Governo neoliberal não dava, de jeito nenhum, reajuste que se aproximasse do salário mínimo de 100 dólares. Hoje, vemos com muita alegria que, depois de vários reajustes, temos no País um salário mínimo superior a 200 dólares. Uma conquista dos trabalhadores da ativa e dos aposentados em que o Senador Paim teve, com certeza, uma grande dose de participação. (Palmas.)
Quando assumi o Ministério da Previdência, em 2003, havia 2 grandes reivindicações importantes, pela qual cada um de vocês trabalhava nas bases, do Rio Grande do Sul ao Amapá, da Paraíba ao Acre, passando por todas as cidades e Estados do Brasil: a unificação da data-base dos aposentados de até 1 salário com a data-base dos aposentados de mais de 1 salário mínimo (palmas), e o calendário de pagamento. Quando havia muitos feriados no mês, havia quem recebesse no dia 18 ou no dia 20, e nós conseguimos trazer para os primeiros 5 dias úteis. Mais tarde, o Ministro Luiz Marinho conseguiu trazer, para uma parcela dos aposentados, para o último dia útil do mês correspondente à competência do benefício. Eu acredito que nós estamos vivendo um momento em que a mudança de paradigmas no País nos permite sonhar mais, avançar mais. O Senador Paim apresentou alguns projetos importantes nesse sentido, tanto quanto à questão do fator previdenciário, quanto à questão do reajuste dos benefícios superiores a 1 salário mínimo. Nos últimos anos, em função da política de recuperação do salário mínimo que elevou o valor real do benefício e também do salário dos trabalhadores da ativa, nós tivemos uma justa reivindicação dos aposentados: buscar aproximar aquilo que é a correção do salário mínimo daquilo que é a correção de todos os benefícios da Previdência.
Nós sabemos que, no Brasil, dois terços dos aposentados recebem salário mínimo e um terço recebe mais do que isso. Eu, como aspirante à aposentadoria pelo INSS, pois contribuo regularmente, acredito que temos que pensar em uma política de reajustes que possa incorporar, além da inflação oficial, o crescimento do País, do Produto Interno Bruto. (Palmas.) Essa reivindicação justa, essa reivindicação adequada, tem que ser confrontada com a discussão do Orçamento, e o Senador Paim e o Deputado Arnaldo Faria de Sá sabem disso. É uma pena que tenhamos, hoje, aqui, poucos Parlamentares — e o momento é importante! — para discutirmos com profundidade essa questão. Portanto, companheiro Jacy Afonso, que representa a CUT, companheiro Luís Cláudio Marcolino, grande Presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, é fundamental que, na elaboração da peça orçamentária, possamos estabelecer os recursos necessários para viabilizar essa política. Para reajustar o salário mínimo foi uma luta. Na hora de discutir o Orçamento, cada Deputados apresenta a sua emenda, com a sua prioridade, e são todas legítimas — uma obra, uma ponte, uma creche, um hospital, tudo é legítimo, tudo é absolutamente correto de se reivindicar. Mas nós temos que contemplar, de um lado, as obras de que o País precisa para crescer e, de outro, a recuperação dos benefícios, que nos anos 80, principalmente, foram arrochados. Nos anos 90, em parte, também. Veio a Lei nº 8.213 e houve uma grande conquista, após a Constituição Federal: garantiu-se, no mínimo, a correção da inflação. Acredito que, a partir desse trabalho que estamos fazendo, buscando convencer os Parlamentares e, ao mesmo tempo, buscando conciliar as reivindicações com o Orçamento — é regra da Constituição que não podemos fazer um Orçamento que contemple todas reivindicações sem que ele antes contemple as receitas — , nós vamos encontrar uma alternativa. E vocês sabem que, no Brasil, qualquer discussão sobre contribuição, mesmo a contribuição social, enfrenta uma grave oposição daqueles que não querem fortalecer o Estado nacional, que querem privatizar inclusive a Previdência Social. Conversando com Deputado Pepe Vargas, do Rio Grande do Sul, que tem sido um lutador, conversando com o Ministro José Pimentel, do PT do Ceará, que tem sido outro lutador, vamos construir o caminho para resolver esses problemas.
Essa é uma questão social da maior urgência, e precisamosque ter propostas objetivas para dar conta dessa situação. Por isso, parabéns por esse ato tão mobilizado! Como muito bem disse o Deputado Mauro Benevides, é a primeira vez que temos uma sessão solene com lotação total. Isso demonstra a disposição de luta e a capacidade de participação de vocês, e muitosforam grandes sindicalistas da ativa e lutaram para conquistar aquilo que nós temos hoje. (Palmas.) E agora dão mais uma demonstração de perseverança, porque podem ter-se aposentado pela Previdência Social, mas não se aposentaram da luta dos trabalhadores, e isso é uma homenagem a todos vocês. (Palmas.) Um grande abraço. (Palmas.)

Internet supera TV, por Venício Lima

segunda-feira, 25 de maio de 2009

DEBATE ABERTO
Internet vs. Mídia tradicional: mudança sem retorno
Pesquisa revela que 83% dos consumidores de mídia no Brasil produzem seu próprio conteúdo de entretenimento usando, por exemplo, programas de edição de fotos, vídeos e músicas. O público de faixa etária entre 26 e 42 anos é o mais envolvido com atividades interativas na rede.
Venício Lima
Duas pesquisas divulgadas recentemente mostram, de forma inequívoca, a dimensão das mudanças que estão ocorrendo no “consumo” de mídia, tanto no Brasil como no mundo. Elas são tão rápidas e com implicações tão profundas que, às vezes, provocam reações inconformadas de empresários e/ou autoridades que revelam sérias dificuldades para compreender ou aceitar o que de fato está acontecendo no setor de comunicações.Internet supera TVA primeira dessas pesquisas é “O Futuro da Mídia” desenvolvida pela Deloitte e pelo Harrison Group. A Deloitte é a marca sob a qual profissionais que atuam em diferentes firmas em todo o mundo colaboram para oferecer serviços de auditoria e consultoria. Essas firmas são membros da Deloitte Touche Tohmatsu, uma verein (associação) estabelecida na Suíça. Já o Harrison Group é uma consultoria independente com sede nos EUA.A pesquisa, realizada simultaneamente nos EUA, na Alemanha, na Inglaterra, no Japão e no Brasil, identificou como pessoas entre 14 e 75 anos “consomem” mídia hoje e o que esperam da mídia no futuro. A coleta de dados foi feita entre 17 de setembro e 20 de outubro de 2008 e a amostra foi dividida em quatro grupos de faixas etárias: a “Geração Y”, com idade entre 14 e 25 anos; a “Geração X”, que tem entre 26 e 42 anos; a “Geração Baby Boom”, formada por pessoas entre 43 e 61 anos; e a “Geração Madura”, que compreende os consumidores entre 62 e 75 anos. No Brasil, foram ouvidas 1.022 pessoas, classificadas nas quatro faixas etárias.Vale a pena transcrever o que a própria Deloitte relata sobre alguns dos resultados referentes ao Brasil (cf. Deloitte, Mundo Corporativo n. 24, abril/junho 2009).O levantamento mostra que o Brasil, com um mercado formado essencialmente por um público jovem é, dos cinco países participantes da pesquisa, aquele em que os consumidores gastam mais tempo por semana consumindo informações ofertadas pelos mais variados meios de comunicação e se mostram especialmente envolvidos com atividades on-line. Os consumidores brasileiros gastam 82 horas por semana interagindo com diversos tipos de mídia, incluindo o celular. Para a grande maioria (81%), o computador superou a televisão como fonte de entretenimento. Os videogames e os jogos de computador constituem importantes formas de diversão para 58% dos entrevistados. (...) (grifo nosso)Uma das principais informações reveladas é que o usuário quer participar, interferir. De acordo com as entrevistas realizadas com o público nacional, 83% dos consumidores de mídia produzem seu próprio conteúdo de entretenimento usando, por exemplo, programas de edição de fotos, vídeos e músicas. O público de faixa etária entre 26 e 42 anos é o mais envolvido com atividades interativas na rede. Quanto mais jovem, mais propenso a produzir seu próprio conteúdo on-line.Um dado extremamente revelador é que assistir à televisão é a fonte de entretenimento preferida pelos entrevistados de todos os países participantes da pesquisa, com exceção do Brasil. Entre nós, a TV aparece em terceiro lugar, as revistas em sétimo, o rádio em nono e os jornais em décimo.
O quadro (adaptado) abaixo revela as preferências brasileiras.Fontes de entretenimento favoritas -
Brasil
1º - Assistir a filmes em casa (não inclui filmes na TV) .........55 %
2º - Navegar na internet por interesses pessoais ou sociais..53 %
3º - Assistir à televisão .........................................................46 %
4º - Ouvir música (usando qualquer dispositivo ....................36 %
5º - Ir ao cinema .................................................................30 %
6º - Ler livros (impressos ou on-line) ...................................25 %
7º - Ler revistas (impressas ou on-line) ...............................16 %
8º - Jogar videogames ou jogos de computador .................14 %
9º - Ouvir rádio .....................................................................13 %
10º - Ler jornais (impressos ou on-line) ...............................12 %

Para um país acostumado – há décadas – à hegemonia não só da televisão, mas de uma única rede de TV, esses dados não deixam de ser surpreendentes.Participação ativaJá a vontade majoritária de participar e interferir na construção do conteúdo, revelada pelos entrevistados brasileiros, acaba de vez com a idéia do obtuso “Homer Simpson” (cf. L. Leal Filho, “De Bonner para Homer”, Carta Capital, 7/12/2005) e com o mito da passividade dos nossos leitores, ouvintes e telespectadores.Mais do que isso, os dados colidem frontalmente com as práticas históricas dos principais grupos de mídia brasileiros que, salvo raras exceções, sequer admitem a existência de ouvidorias ou de ombudsman em suas empresas.A supremacia das redes sociaisA pesquisa Deloitte/Harrison faz referencia a outra pesquisa divulgada em junho de 2008 pelo Ibope/Net Ratings sobre o surgimento das “redes sociais virtuais”, ou seja, os sites de relacionamento que reúnem internautas com os mesmos interesses. Segundo esta pesquisa, 18,5 milhões de pessoas haviam navegado neste tipo de site em maio de 2008. Se somados os fotologs, videologs e programas de mensagens instantâneas, o número salta para 20,6 milhões.Pois bem. No painel de abertura do 8º Tela Viva Móvel, dia 20/5, em São Paulo, o gerente de conteúdo e aplicações da Oi, Gustavo Alvim, informa que as redes sociais já desempenham papel mais importante que o acesso a emails no cenário da internet mundial. Em média, enquanto 65,1% dos usuários mundiais de internet acessam emails, 66,8% acessam redes sociais. "E o Brasil é o líder absoluto em redes sociais, com 85% de seus internautas que acessam pelo menos uma rede social".Os dados vêm confirmar a aplicabilidade da hipótese do “long tail” (Chris Anderson) à “cultura convergente” – como faz Henry Jenkins – e, particularmente, reafirmar a tendência já prevalente da contextualização, análise e organização capilar de conteúdos, inclusive os jornalísticos, em sites e blogs, deixando para trás os velhos modelos dos jornais impressos diários. “Pendurados na internet”Diante desses dados – e das importantes transformações que sinalizam – é que se deve compreender a recente declaração do senhor ministro das Comunicações na abertura do 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, no dia 19/5, em Brasília. Segundo relata Mariana Mazza do Televiva News, depois de fazer uma vigorosa defesa da radiodifusão e registrar o abismo entre o faturamento da radiodifusão e das telecomunicações – "o setor de comunicação fatura R$ 110 bilhões por ano. Desse total, somente R$ 1 bilhão é do rádio e R$ 12 bilhões das TVs. O resto vocês sabem muito bem onde está" –, o ministro sugeriu que os jovens devem usar menos a internet e assistir mais programas de TV e de rádio. "Essa juventude tem que parar de só ficar pendurada na internet. Tem que assistir mais rádio e televisão".Ao que parece o senhor ministro – e os radiodifusores que ele tão bem representa – estão realmente perdendo o “bonde da história”.
* Publicado no site Carta maior

Passamento de Neide Roberto

Dia desses, durante festividades do aniversário de João Monlevade, Rômulo Ras fez o Show de abertura da noite, que contou como atração principal Jorge Aragão. Ele me falou da situação de saúde da Neide e eu pude mandar um abraço. Disse a ele que dos acontecidos no início dos anos 90, fica apenas a certeza do aprendizado. Há muitas maneiras de resolver um problema e a melhor maneira é o diálogo e o respeito ao ser humano. Meus sentimentos ao Rômulo, à Nedina e a toda família.

Pesquisa Vox Populi confirma avanço de PT e Dilma

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pesquisa anual realizada desde 2007 pela Vox mostra índices surpreendentes de recuperação de imagem do PT e de avanço em intenção de voto da Ministra Dilma, além de manutenção de alta aprovação do governo Lula - 87% na soma de ótimo, bom e regular positivo. Os resultados deixaram a oposição tonta, pois confirmam:
1. O governo está tomando as medidas corretas no enfrentamento da crise;
2. O povo segue confiante no futuro do país;
3. O PT amplia liderança partidária e retoma índice de 29% de preferência, crescimento de 4 pontos em relação a 2008. O DEM está sumindo do mapa.
Vale a pena analisar a pesquisa: www.pt.org.br

Avaliação sobre a crise mundial - Vale conferir

Crise: Economistas afirmam que Brasil está estável e destacam recuperaçãoAo analisarem nesta quarta-feira (20) os principais aspectos da crise econômico-financeira mundial e seus efeitos na economia brasileira, economistas de bancos públicos e privados destacaram que o cenário atual é de recuperação, com aumento do crédito, estabilidade da inflação e estabilidade da massa salarial.
Representantes dos bancos Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Rubens Sardenberg, afirmaram que, apesar de o Brasil ter sofrido forte desaceleração da atividade econômica no final do ano passado, já há sinais de retomada e a crise poderá ser mais curta no país. Eles apontaram ainda diagnósticos e prescrições para que o Brasil possa superar esse período e debateram o nível do spread bancário (custo de captação e de aplicação do banco).
Segundo o diretor de crédito do Banco do Brasil, Walter Mallieni Júnior, "a crise poderá ser mais curta no Brasil, o que implica oportunidades". Ele destacou que a carteira de crédito no país e exterior mantém forte crescimento e as operações com pessoas físicas cresceram 25,20% no 1º trimestre de 2009. "A carteira de pessoa jurídica teve crescimento de 47,3% em 12 meses".
Na avaliação do BB, as perspectivas para a carteira de crédito é de redução de taxas de juros e flexibilização de condições de prazo para pessoas físicas, além da ampliação de linhas de crédito pessoal para aquisição de bens e serviços (linha branca, veículos e material de construção).
Em audiência pública conjunta das comissões especiais que analisam a crise, o economista-sênior do Banco Itaú, Tomás Málaga, e o diretor-executivo do banco, Sérgio Werlang, sustentaram que há sinais de recuperação nos estoques de energia, na produção de veículos e, principalmente, na confiança na economia. "A crise no Brasil é sem inflação e com salários reais mais consistentes. A proteção do salário real. que não caiu, pode explicar a menor volatilidade do setor de comércio, por exemplo", afirmou Werlang. Ele destacou ainda que a insistência do Banco Central em manter a inflação sob controle permitiu que o contágio da crise no Brasil não tenha sido mais forte.Projeções
Para o Itaú, as projeções no cenário doméstico incluem crescimento baixo em 2009 e recuperação em 2010 para aproximadamente 3,4% do PIB. Também apontam estabilidade do câmbio entre R$/US$ 1,90 e R$/US$ 2,03 e uma taxa de juros básica (Taxa Selic) em 8,75% ou 8,25% no final deste ano.
No entanto, afirmaram, para que resultados positivos possam ocorrer no futuro é fundamental garantir um ambiente regulatório que permita ao Banco Central dar continuidade ao processo de queda de taxa de juros; aprovar o cadastro positivo no Congresso; eliminar o IOF para as operações de crédito e reduzir o recolhimento compulsório (quantia que os bancos são obrigados a recolher ao BC) sobre depósitos à vista e a prazo.
"O IOF foi criado como instrumento regulatório, mas é usado como arrecadatório. É um dos impostos mais ineficientes. A aprovação total do Cadastro Positivo é um primeiro passo para dar um salto no volume de crédito, e para a redução da inadimplência e do spread bancário", disse. A Câmara aprovou, na segunda-feira, o projeto que cria o cadastro positivo de consumidores, com informações sobre pagamentos feitos em dia. O texto deve ser aprovado ainda no Senado.
Na avaliação do deputado Pedro Eugênio (PT-PE) "o que predominou na reunião foi o reconhecimento de que a economia está sim em recuperação e os dados apontam a melhoria das condições macroeconômicas. A avaliação é de que o Brasil vai crescer para retomar o nível de 2008, mas eu particularmente acredito que poderá haver uma recuperação maior", disse.

Liderança PT/Câmara (www.informes.org.br)

Esperteza patética

A cena se passou no Senado da República e foi mostrada à exaustão pelos telejornais. Num plenário às moscas, os tucanos Sérgio Guerra (PE), Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE) trocavam figurinhas e riam sem reservas enquanto outro tucano, Marconi Perillo (GO) – naquele instante presidindo a Mesa –, dava por instalada a CPI da Petrobras. Eram pouco mais de 8 da manhã de uma sexta-feira, 15 de maio.

Colocar sob investigação parlamentar a maior empresa do Brasil – e uma das maiores e mais respeitadas do mundo – é assunto muito sério. Mas os três líderes oposicionistas, sentados lado a lado na imensidão do salão azul vazio, se comportavam como alunos que desparafusam a cadeira da professora e se recolhem ao fundo da classe, entre risos e cochichos, à espera do tombo.

O tombo, no caso, não era só na Petrobras e no governo, mas nos próprios colegas de Parlamento, inclusive os de oposição. Isso porque um acordo fechado no dia anterior, entre os líderes de todos os partidos, estabelecera que o Senado ouviria o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e só depois, dependendo de suas respostas, decidiria sobre a necessidade ou não de uma CPI para apurar supostas irregularidades na empresa.

A quebra do acordo por parte do PSDB, menos de 24 horas depois, foi um típico lance de molecagem política. Embora a imprensa tenha classificado o episódio como um “cochilo” do governo – usando a conhecida tática de culpar Lula e o PT pelas atitudes irresponsáveis da oposição –, a baderna no fundo “da classe” não deixa dúvidas sobre o contexto em que se deu a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Muito já se falou sobre o que pretendem demos e tucanos com essa CPI: de um lado, ressuscitar o antigo discurso do suposto mau gerenciamento da Petrobras, a partir do que passam a advogar a entrega de nossos campos de petróleo para as companhias privadas multinacionais. De outro, prejudicar as atuais atividades da empresa, entre as quais a exploração do pré-sal e os volumosos investimentos em projetos que estão ajudando o país a superar os efeitos da crise econômica internacional.

A lógica é simples: se o Brasil afundar, como eles afundaram a plataforma P-36 em 2001, aumentam suas chances de voltar ao poder em 2011, quando pretendem retomar o processo de desmonte do patrimônio público nacional.

Mas a estratégia tem se mostrado desastrosa, sobretudo porque o povo não engole mais essa conversa.

A cada dia que passa, as figuras carimbadas da oposição vão se tornando mais e mais impopulares. Os índices de aprovação do Governo Lula mostram que a esmagadora maioria dos brasileiros reconhece como positivas as mudanças ocorridas nos últimos seis anos e meio. Os brasileiros hoje sentem orgulho do Brasil, tanto quanto da Petrobras. E percebem o oposto disso no discurso oposicionista.

Está claro que a tentativa desesperada de criar uma crise por semana, devidamente repercutida por seus amigos na imprensa, não tem rendido frutos. Se insistem nessa toada é pelo simples fato de que não têm um projeto alternativo para apresentar ao país. O único ao qual poderiam se agarrar, o da cartilha neoliberal, já foi derrotado duas vezes nas urnas e acabou completamente desmoralizado com a crise financeira que se abateu sobre o mundo.

Um novo Brasil está nascendo, dentro de uma nova configuração mundial. E isso não combina nada com lances de baixeza política como o que ocorreu no dia de implantação da CPI da Petrobras. Arthur Virgílio, Sérgio Guerra e Tasso Jereissati acharam muito divertido ter imposto “uma derrota ao governo” usando uma traquinagem colegial. Aos olhos da população, porém, é provável que a cena só tenha reforçado aquilo que já se tornou senso comum: a oposição ao governo Lula está cada dia mais patética.

A cena se passou no Senado da República e foi mostrada à exaustão pelos telejornais. Num plenário às moscas, os tucanos Sérgio Guerra (PE), Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE) trocavam figurinhas e riam sem reservas enquanto outro tucano, Marconi Perillo (GO) – naquele instante presidindo a Mesa –, dava por instalada a CPI da Petrobras. Eram pouco mais de 8 da manhã de uma sexta-feira, 15 de maio.

Colocar sob investigação parlamentar a maior empresa do Brasil – e uma das maiores e mais respeitadas do mundo – é assunto muito sério. Mas os três líderes oposicionistas, sentados lado a lado na imensidão do salão azul vazio, se comportavam como alunos que desparafusam a cadeira da professora e se recolhem ao fundo da classe, entre risos e cochichos, à espera do tombo.

O tombo, no caso, não era só na Petrobras e no governo, mas nos próprios colegas de Parlamento, inclusive os de oposição. Isso porque um acordo fechado no dia anterior, entre os líderes de todos os partidos, estabelecera que o Senado ouviria o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e só depois, dependendo de suas respostas, decidiria sobre a necessidade ou não de uma CPI para apurar supostas irregularidades na empresa.

A quebra do acordo por parte do PSDB, menos de 24 horas depois, foi um típico lance de molecagem política. Embora a imprensa tenha classificado o episódio como um “cochilo” do governo – usando a conhecida tática de culpar Lula e o PT pelas atitudes irresponsáveis da oposição –, a baderna no fundo “da classe” não deixa dúvidas sobre o contexto em que se deu a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Muito já se falou sobre o que pretendem demos e tucanos com essa CPI: de um lado, ressuscitar o antigo discurso do suposto mau gerenciamento da Petrobras, a partir do que passam a advogar a entrega de nossos campos de petróleo para as companhias privadas multinacionais. De outro, prejudicar as atuais atividades da empresa, entre as quais a exploração do pré-sal e os volumosos investimentos em projetos que estão ajudando o país a superar os efeitos da crise econômica internacional.

A lógica é simples: se o Brasil afundar, como eles afundaram a plataforma P-36 em 2001, aumentam suas chances de voltar ao poder em 2011, quando pretendem retomar o processo de desmonte do patrimônio público nacional.

Mas a estratégia tem se mostrado desastrosa, sobretudo porque o povo não engole mais essa conversa.

A cada dia que passa, as figuras carimbadas da oposição vão se tornando mais e mais impopulares. Os índices de aprovação do Governo Lula mostram que a esmagadora maioria dos brasileiros reconhece como positivas as mudanças ocorridas nos últimos seis anos e meio. Os brasileiros hoje sentem orgulho do Brasil, tanto quanto da Petrobras. E percebem o oposto disso no discurso oposicionista.

Está claro que a tentativa desesperada de criar uma crise por semana, devidamente repercutida por seus amigos na imprensa, não tem rendido frutos. Se insistem nessa toada é pelo simples fato de que não têm um projeto alternativo para apresentar ao país. O único ao qual poderiam se agarrar, o da cartilha neoliberal, já foi derrotado duas vezes nas urnas e acabou completamente desmoralizado com a crise financeira que se abateu sobre o mundo.

Um novo Brasil está nascendo, dentro de uma nova configuração mundial. E isso não combina nada com lances de baixeza política como o que ocorreu no dia de implantação da CPI da Petrobras. Arthur Virgílio, Sérgio Guerra e Tasso Jereissati acharam muito divertido ter imposto “uma derrota ao governo” usando uma traquinagem colegial. Aos olhos da população, porém, é provável que a cena só tenha reforçado aquilo que já se tornou senso comum: a oposição ao governo Lula está cada dia mais patética.

Blog em Construção

A todos o visitantes deste blog esclareço que ele está em construção e em fase de definição de rotinas e conteúdo. Várias alterações serão feitas. Você pode dar sua opinião.
Desculpem qualquer falta de atenção.

A Duplicação da 381 é obra do PAC

Marcelo, do SEVOR, comentou post deste blog sobre agenda em Brasília acerca da 381.
Obrigado.
Concordo com ele: A tragédia da 381 não pode ser politizada.
Quando eu era vereador, o ex-governador Azeredo visitou a região, anunciou a duplicação, distribui até folder com o traçado. Não havia nem projeto!
O que digo é o seguinte:
1. O pré-projeto está pronto e pago de todo o trecho BH a Valadares.
2. As licenças ambientais estão aprovadas.
3. O trecho Norte da 381 está incluído no PAC, escrito e distribuído no Caderno PAC Minas pelo governo, junto às demais obras.
4. Dos mais de 2bi em que vai ficar esta obra, mais de 300mi já constam para seu início, pelo que foi anunciado em audiência pelo Ministro
5. O Ministro dos Transportes está fechando agora no DNIT a licitação dos últimos trechos do Projeto de Engenharia.
6. Há muita gente do governo sensibilizada para os problemas advindos do modelo seco de concessões para um trecho de tamanha sinuosidade e custo.
7. Como foram feitas melhorias, a pista ganhou mais volume e velocidade, o que tem aumentado o número de acidentes, a maioria fatais. Por isso o Movimento Duplicação Já solicitou ao Ministro de imediato: mais policiamento, fiscalização de cargas (horário, peso), barreiras eletrônicas (as que já existem e estão desligadas): Ele respondeu que vai agir de imediato nestas questões.
*Obras podem ser realizadas a qualquer tempo. Se não houvesse essa mudança de modelo para a duplicação, a obra já estaria começando até o final do ano. Agora, infelizmente não tem mais tempo. Pelo que entendo e acredito, terminadas as licitações e os projetos executivos, elas podem se iniciar até o meio do próximo ano.
De qqer forma, a mobilização da sociedade e das lideranças de todos os níveis é fundamental para garantir que tudo realmente aconteça de acordo com o interesse público.

Juninho, o internauta

Juninho da Cemig inaugurou os Comentários do blog, sinal de que é um internauta frenético, pois foi ao ar ontem. Obrigado pelo Comentário. Conto sempre com suas opiniões. A luta pela duplicação da BR é de todos. E eu confio que o governo Lula cumprirá com esse compromisso público, pois a obra consta no PAC.
Ats Gleber Naime

Agenda positiva em Brasília sobre a 381

quarta-feira, 20 de maio de 2009

As duas reuniões ocorridas ontem em Brasília, com o presidente em exercício José Alencar e com o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento foram muito promissoras. Presentes lideranças majoritariamente do Médio Piracicaba, Caeté e Nova União. Participou também o Ministro Hélio Costa na agenda com o Ministro do transporte. Ficou claro:
1. O governo Lula vai fazer a obra de duplicação
2. A obra está no PAC
3. O dinheiro está reservado para primeira etapa
4. Melhorias serão feitas de imediato - sinalização, barreiras eletrônicas
5. Será negociado um modelo híbrido - concessão e DNIT

Manter a mobilização é fundamental. Sinto que todos estão empenhados na solução mais adequada - a que for mais rápida e melhor para atender a demanda das regiões cortadas pela BR.

Inserções Nacionais do PT - Primeiro Semestre de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

Insercao PT 1


Insercao PT 2


Insercao PT 3

Emprego com carteira assinada cresce pelo terceiro mês seguido, aponta Caged

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O emprego formal no Brasil subiu pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O Caged registrou a criação de 106.205 vagas de emprego formal em abril.O resultado - fruto de um número de admissões no mês de 1.350.446 contra demissões de 1.244.241 - é três vezes maior que o de março, quando foram criados 34.818 empregos formais e representa o terceiro mês seguido de expansão após o agravamento da crise, desde novembro do ano passado.

Com esse saldo positivo, o estoque de empregos formais na economia, com carteira assinada pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), subiu 0,33% em relação a março, para 32.041.756. De janeiro a abril, foram abertos 48.454 empregos com carteira assinada, ante 848.962 empregos formais no mesmo período do ano passado.

O setor de serviços liderou as contratações em abril, com a abertura de 59.279 postos de trabalho, seguido da agropecuária, com 22.684 vagas. O comércio também ficou positivo, com a criação de 5.647 vagas, de acordo com os dados do Caged.

Lula: Mudança na poupança incentivará investimentos no setor produtivo

sábado, 16 de maio de 2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite de ontem (14) que as medidas em relação à poupança tem o objetivo de fazer com que os grandes investidores apliquem o dinheiro em atividades produtivas no país.

“Não podemos permitir que a poupança vire fundo de investimento. Queremos que essas pessoas [grandes investidores] invistam em setor produtivo que comprem um apartamento, façam uma casa, fiquem sócios, comprem ações. Queremos desenvolver a economia”, afirmou Lula, em entrevista coletiva após abertura da 9ª Conferência Global de Viagens e Turismo, em Florianópolis (SC).

Lula rebateu as críticas dos opositores que comparam as novas regras para a poupança ao confisco feito pelo ex-presidente Fernando Collor, em 1989. “Essa parte da oposição que critica estava com o Collor em 89”, afirmou.

O governo anunciou ontem (13) que irá taxar as poupanças com depósitos acima de R$ 50 mil, a partir de 2010. As mudanças dependem de aprovação do Congresso Nacional. Os partidos opositores já avisaram que tentarão derrubá-las.

Governo Lula regulamenta acesso a documentos sigilosos da ditadura militar

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) projeto de lei de acesso às informações públicas. Pelo projeto a ser encaminhado ao Congresso Nacional, qualquer pessoa passa a ter o direito de pedir a órgão público documentos como dados sobre programas sociais, auditorias, licitações, projetos em andamento e fichas em departamentos policiais.

Na prática, o governo Lula quebra um dos principais tabus da história recente brasileira-- o acesso a informações levantadas pelos serviços de segurança durante o regime militar que vigorou entre 1964 e 1985. “Quem não conhece a própria história está fadado a repeti-la; precisamos conhecer a história do Brasil em seus bons e maus momentos”, disse Lula, em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty.

Para o presidente da República, o processo é decisivo para garantir uma completa reconciliação do Brasil, que há 24 anos está sob um sistema democrático, o mais longo período democrático da historia brasileira. “É uma mudança de página da história brasileira, que deve ser contada, a partir de agora, como ela foi, é e será”, disse o presidente. Na opinião de Lula, o direito à informação pública "é um dos mais eficientes instrumentos de combate ao arbítrio e à corrupção". Com a mudança, estarão disponíveis, por exemplo, informações que pertenciam aos extintos Serviço Nacional de Informações (SNI) e ao Conselho de Segurança Nacional (CSN).

Cada órgão terá o prazo máximo de 30 dias para responder às consultas e, caso haja recusa, o projeto prevê que os interessados recorram à CGU (Controladoria Geral da União) para obter as informações necessárias. O projeto muda os prazos de classificação para documentos sigilosos em mãos do governo (reservada, secreta e ultrassecreta), cujos prazos de sigilo serão de 5, 15 e 25 anos.

Hoje o prazo máximo vai até 30 anos, prorrogável indefinidamente. Na nova regra, ao final do período, os documentos se tornarão públicos. Mas uma Comissão de Reavaliação de Informações (no âmbito da Presidência) poderá manter o dado em sigilo indefinidamente, em situações excepcionais. A diferença em relação ao sigilo eterno atual é que cada ministério hoje decide o que pode ficar guardado para sempre.

Os órgãos públicos também ficam obrigados a divulgar anualmente, na internet, uma lista de todos os documentos liberados e de todos os classificados como sigilosos. Vai ser mantido o sigilo sobre documentos relacionados a informações que coloquem em risco a defesa à soberania ou à integridade do território nacional; a condução de negociações ou relações internacionais; a vida, segurança ou saúde da população; estabilidade financeira e monetária do país; planos e operações estratégicas das Forças Armadas; autoridades nacionais, estrangeiras e familiares; atividades de inteligência, além do sigilo sobre informações fornecidas por Estados estrangeiros.

Outra medida anunciada pelo governo foi a criação de edital que convoca os brasileiros a repassarem ao governo federal documentos relacionados ao período da ditadura militar.

Portal

O governo também criou o Portal "Memórias Reveladas" que, em parceria com o arquivo nacional, vai disponibilizar o acervo referente ao período da ditadura na internet. "Trata-se de uma ação de resgate a esses documentos que serão objeto de digitalização, tratamento especial, preservação através de recursos que a União vai disponibilizar", afirmou a ministra Dilma Rousseff , da Casa Civil.Segundo ela, a criação do portal acaba com a “cultura do segredo de Estado”. “Ela [a cultura do segredo de Estado] está sendo superada pelos esforços do governo e da sociedade”, disse a ministra.

O portal Memórias Reveladas vai disponibilizar informações do período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985. Os documentos foram recolhidos dos extintos Serviço Nacional de Informações (SNI), Conselho de Segurança Nacional (CSN) e Departamento de Ordem Política e Social (Dops).

A cerimonia no Itamaraty contou com a presença de vários ministros de estado, dos governadores do Distrito Federal e de São Paulo, mais representantes de entidades ligadas aos direitos humanos e de famílias que tiveram vítimas da repressão. O ministro Paulo Vanucci (Direitos Humanos) defendeu ações rigorosas do governo para a identificação de corpos de ex-militantes contrários ao regime militar que nunca apareceram.