Cadê o Green Peace e as ONGs ambientalistas no desastre da British Petroleum?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Também tomei a liberdade de reproduzir o texto abaixo, muito elucidativo e adequado:


Caros amigos,



Peço-lhes licença para uma pequena reflexão.



Outro dia, lendo um blog, chamou-me à atenção uma pergunta feita pelo blogueiro: "onde está o Greenpeace neste acidente da British Petroleum?". Boa pergunta! Aí me acendeu um bocado de??????????????????? interrogações. Não antes, porém, lembrar-me do processo, quando do leilão de Belo Monte. Tínhamos contra (ou torcendo para dar errado), só que me lembro agora: O Globo, Rede Globo, Folha, Estadão, CBN e seus “analistas políticos” (Merval Pereira e Sonia Hipólito), os "econômicos" (Sardemberg e Mirian Leitão), os "apresentadores" (Heródoto Barbeiro e Adalberto Piotto) o "ecológico" Sergio Abranches, uma multidão de "ONGs" (inclusive estadunidense), uma multidão de ambientalistas/verdes, igrejas, atores hollywoodianos, enfim, uma multidão de gente.



Pois bem, a pergunta é: não só o Greenpeace, mas, onde estão todas essas pessoas? analistas, ambientalistas, verdes, religiosos, atores,neste que já pode ser considerado o maior desastre ecológico do mundo? Todo o golfo poderá ter sua fauna e flora marinha comprometida de forma irreversível. A grande imprensa, pelo menos no Brasil, trata o tema como se fosse uma informação corriqueira. Na época do debate sobre Belo Monte, dava um destaque ao projeto da usina, como se governo estivesse na eminência de cometer um genocídio.



Toda a mídia se refere à British Petroleum como BP, numa clara tentativa de escamotear quem efetivamente é e de onde vem a empresa responsável pela catástrofe. E como se não bastasse, entram no joguete midiático da Casa Branca, anunciando que o presidente Obama “quer saber em quem ele tem dar um chute no traseiro”, como se fosse resolver assim, um acidente que é devastador para a humanidade. Evidentemente trata-se de amenizar o problema, repercutindo-o com “humor”. O tal ecologista da CBN, Sergio Abranches, chega ao cúmulo de puxar o problema para o Brasil, quando insinua: “isso deve alertar aos brasileiros para a exploração e prospecção da Petrobrás no pré-sal”, ou seja, levantando problema onde não tem e relativizando o desastre. Total cinismo.



Não sou adepto da teoria da conspiração, mas quando paramos para refletir as ações e atitudes de determinado segmentos políticos e, sobretudo midiáticos, tem-se claramente o movimento da manobra. Esse caso da British Petroleum, se não houver um mínimo de coerência entre os que se proclamam defensores da natureza, perderam qualquer autoridade para manifestar-se no futuro. O tema está muito barato, para não dizer de graça, tanto para o governo dos EEUU, quanto para a empresa Britânica. Se encerrar assim, será ainda mais trágico e tal conferência para o clima, a realizar-se no (golfo) México, será uma grande farsa recheada de petróleo cru.



Abraço.



Amauri Barros.

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