PT tem chances reais em Minas

terça-feira, 4 de maio de 2010

A realização das prévias asseguraram unidade do PT, na medida em que o partido definiu seu candidato a governador. Não fosse assim, o PT iria ficar se arrastando até final de junho na indefinição. Neste sentido, Patrus teve um papel fundamental, pois a decisão dos filiados é muito superior a qualquer acordo. Fernando Pimentel agora reúne as condições para ganhar o governo de Minas. O PT unido é o principal ingrediente para ganhar o estado e eleger Dilma presidenta.
A direção estadual do PT recupera capacidade de construir a aliança necessária para um palanque forte em Minas e contará ainda com o Encontro Estadual em 22 de maio para fortalecer mais ainda a candidatura do PT ao governo de Minas.

7 comentários:

Luís Carlos Gusmão disse...

Você acredita nisso, meu caro Gleber? Eu não tenho tanta certeza. Sinceramente penso que o PT votou foi contra a candidatura própria, porque duvido que Pimentel seja de fato candidato. Para você ter uma idéia, em Lontra, por exemplo, o PT fez uma ata assumindo a chapa Hélio Costa e Virgílio Guimarães. Coisa de Paulo Guedes. O traidor do PT no Norte de Minas. Aliás, no país inteiro. Isso deve ter acontecido nos quatro cantos do estado para legitimar a candidatura de Virgílio, o Severino Cavalcante. Neste momento estou pensando em votar no Psol, PSTU, PCO... menos para capacho de Aécio. Mas amanhã é outro dia, e quem sabe mudo de opinião. O certo é que o PT de Minas está pior do que o PT do Rio. Lamentável! Abraço Gusmão

Filipe disse...

EDITORIAL: O PT DEVE EXPLICAÇÕES (NOVO JORNAL)

Por Geraldo Elísio

“Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis”. - Maquiavel

O PT de Minas Gerais deve uma explicação ao povo do Estado. Fonte segura do partido, cujo nome pediu para ser mantido em sigilo, deu uma informação preciosa a este repórter. Somente foram apurados 64% dos votos das últimas prévias envolvendo o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, para saber qual dos dois enfrentará o candidato patrocinado pelo ex-governador Aécio Neves, até o momento o atual governador Antonio Anastasia. Até aí nada de mais. O próprio site do PT discretamente informa isto.

Quer dizer, 34% dos votos não foram apurados e se fossem dariam a vitória ao ex-ministro Patrus, não ao ex-prefeito de Beagá, Fernando Pimentel. Aí a informação começa a ganhar relevância.

A fonte acrescentou que o grupo do ex-ministro Patrus Ananias, diante de “informações preocupantes” realizou uma “apuração paralela”, e citou dois exemplos: “Em Buritizeiro, região norte de Minas, Patrus obteve 61 votos e Fernando Pimentel, 1 voto. Em Varzelândia, também no Norte do Estado, Patrus atingiu a marca dos 44 votos, contra apenas 4 de Pimentel. Estes votos não foram apurados e sequer computados. A vitória de Pimentel foi por uma margem de apenas 2%”.

A mesma fonte garante que “houve um acordo entre Pimentel e Patrus no sentido de que os votos que não chegassem a Belo Horizonte até as 14 horas do dia das prévias não seriam contabilizados”. Ora, todo mundo sabe o tamanho de Minas Gerais, sabe que as distâncias são tão grandes que este propósito resultaria no que resultou.

Por quê? Quais interesses estão por trás deste jogo político que segundo a fonte “configura um desrespeito àqueles que saíram de suas casas para votar”.

Seria esta “uma saída honrosa” para Fernando Pimentel, um dos três coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff, indicado por ela própria? Os outros dois são José Eduardo Dutra, indicado pelo partido, e Antônio Palocci, indicação pessoal do próprio presidente Lula. Ou teria o Palácio do Planalto percebido uma situação desfavorável à Dilma em Minas e, na ânsia de se aliar ao PMDB de Hélio Costa, patrocinado este jogo? Teria sido emanada de Brasília uma ordem para Patrus não vencer?

Não sei. Em política tudo é possível, até mesmo o nada. Mas que o PT, principalmente o de Minas, deve uma explicação deve. Principalmente porque outras fontes já começam a vazar que “Fernando Pimentel está intimidado com medo de perder as eleições e prefere o Senado ou um futuro Ministério incerto se Dilma vencer o pleito, derrotando José Serra, o que abriria outras sendas para o ex-ministro Patrus Ananias.

O que aconteceu

A mesma fonte que gerou a notícia acima comentou que por ocasião da indicação de Márcio Lacerda como candidato a prefeito de Belo Horizonte, ele foi denunciado pela ex-reitora da UFMG, Ana Lúcia Gazolla, como tendo sido filiado com apenas sete meses de ficha de inscrição ao seu partido. “O que isto resultou?” Nada sei. Com a palavra o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

geraldo.elisio@novojornal.com

Gleber Naime disse...

Gusmão, sinceramente perdemos para nós mesmos, dificuldades organizativas, falta de fiscais, etc. Mas os filiados querem a candidatura do PT. E temos que lutar por isso. É o que acredito.
Gleber

Gleber Naime disse...

Filipe, essa análise do Elísio está totalmente fora de base real. Houve uma disputa com regras acertadas para coibir aquelas fraudes do PED que nos derrotaram. Mas nunca se cerca tudo. Mas o caso de Buritizeiros é um erro, pois o Patrus ganhou e foi tudo contabilizado. Varzelândia também. Tivemos outras cidades com dúvida da veracidade do resultado? Sim. Mas não houve nenhum tipo de acordo esdrúxulo indicado pelo Elísio. Não tem nada haver.
Gleber

Filipe disse...

Sabe Gleber, não sou filiado ao PT ou a qualquer outro partido, más sou um simpatizante do PT, eu sempre achei essa aliança com o PMDB um erro, não vale a pena o PT ceder tanto para atrair essa gente oportunista. O Lula tem 80% de apoio popular, o PT tem 29% de preferência do eleitorado (o 2º colocado que é o PMDB tem 8%), penso que aliar com PMDB é alimentar o monstro, assim como a barganha e o loteamento de cargos. Em 2006 a união PT-PMDB em Minas prejudicou o Partido dos Trabalhadores (o PT reduziu sua bancada mineira de deputados federais entre 2002 a 2006, de 11 para 8). Se souber usar a popularidade do Presidente da República e insistir na candidatura própria nos estados importantes (governador e senador) o PT pode aumentar sua bancada federal em Brasilía, entre 110 a 120 deputados (sendo 14 ou 15 em Minas), não terá maioria confortável, más maioria confiável se for contar também o provável crescimento das bancadas dos partidos aliados mais tradicionais (PCdoB, PDT, PSB), podendo diminuir um pouco o fisiologismo na política nacional, com chance da próxima legislatura ser muito melhor que as anteriores. Os Pmdbistas mineiros não têm nem coragem de defender a candidatura própria a Presidência da República de seu próprio partido, isso não é partido sério. Agora que o comportamento do Pimentel nessa prévia é suspeito, não há como duvidar, ele praticamente não fez campanha, não se esforçou para ser eleito e parece estar com a cabeça na coodernação da campanha, num futuro ministério da Dilma e até mesmo no Senado. Espero que a militância petista não desista dessa empreitada, não entregue o partido para o Hélio Costa e insista. Se o Pimentel não quiser ser governador, o Patrus quer.
Obrigado

Gleber Naime disse...

Filipe, recomendo que filie-se ao PT e entre em campo ao invés de ficar só na torcida. Abs Gleber

Marcelo Velloso disse...

Gleber, tenho notado um tom mais democrático de sua parte, em relação aos resultados das prévias e os caminhos que devemos percorrer... acredito também que tem feito um esforço em minimizar o confronto interno de filiados que se acirrou nos últimos tempos... acredito que o caminho é esse, independente de quem tenha vencido, o importante é a união do partido... lembramos também que qualquer um dos dois que ganhassem, passariam por este processo de discussão com o pmdb, isto tem que ficar claro, pois está em jogo um projeto nacional de sucesso que está diretamente ligado à sucessão mineira... o certo é que temos condições de encabeçar a chapa aqui em minas, mas precisamos do aval de nosso governo federal e sua base aliada... vamos juntos rumo ao contraponto de oito anos de "choque de gestão" e ditadura da informação em minas... abraços!