Por Maurício Caleiro em 16/3/2010
Observatório da Imprensa, com 25 comentários da página
No decorrer das duas útimas semanas, evidências sucessivas sugerem que, após o convescote do Instituto Millenium, o comportamento do triunvirato midiático Globo-Veja-Folha de S.Paulo se tornou ainda mais agressivo e distante do que se espera de um setor encarregado da nobre missão de informar a sociedade. A hipótese de ações coordenadas, com vistas a interferir, de maneira pesada, no jogo eleitoral, parece se confirmar.
Senão, vejamos: o Jornal Nacional claramente subiu o tom, incluindo uma despropositada insinuação quanto ao triplex do presidente; O Globo vem oferecendo factóides em sequência – culminando com a "notícia" de que Lula pediria licença por dois meses, deixando ninguém menos que José Sarney como presidente interino; e a Folha de S.Paulo brinda seu cada vez mais reduzido leitorado com uma vendetta disfarçada de reportagem contra um jornalista que fora uma de suas estrelas por mais de uma década.
Porém, no quesito jornalismo tendencioso, Veja continua imbatível. A chamativa capa de semana passada, afirmando, em gíria da marginália, que a casa do partido X caiu, seria por si só – pela linguagem empregada, pelo escândalo buscado e, sobretudo, pela precariedade das acusações face às provas – evidência da, sejamos indulgentes, exaltação exacerbada de ânimos que se seguiu ao tal convescote.
No entanto, desmentida em questão de dias por decisão judicial que não apenas recusou as denúncias, mas criticou o promotor pelo parco embasamento das mesmas, a matéria – e o destaque a ela dado – suscita urgente discussão sobre quais os limites da mídia: essa absoluta e total liberdade de imprensa que ela defende para si, taxando de "censura" qualquer esboço de medida regulatória da atividade, equivale a um salvo-conduto para um arsenal de baixarias, infâmias, armações, matérias que deixam no ar a suspeita de difamação ou calúnia?
Todas as letras
Como se não tivesse sido suficiente, a insistência de Veja na denúncia recusada pela Justiça, na edição agora nas bancas não apenas subestima a inteligência do leitor, ao basear-se tão-somente nas palavras de um doleiro que a própria revista reconhece ser "um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país", mas despreza o fato de que as "informações" por ele repassadas – em troca do benefício da "delação premiada" – não foram convertidas em inquérito aceito pela Justiça, simplesmente por não terem sido corroboradas com provas. Ou seja, denúncias de três anos atrás, que, após terem sido exaustivamente examinadas, foram consideradas inúteis ou falsas pela Justiça, são ressuscitada pela revista com claras finalidades eleitorais.
Isso nos leva a uma questão ainda mais candente: estaria a mídia brasileira acima da Justiça? Pois em qualquer sociedade de fato democrática, em que a preservação da honra de cidadãos e instituições se sobrepõe às acusações levianas e não comprovadas da imprensa, Veja estaria, após os acontecimentos da semana passada, envolvendo as denúncias do promotor José Carlos Blat, judicialmente obrigada a ostentar na capa um desmentido cabal das acusações peremptórias feitas na semana anterior. Afinal, com sua alegada circulação acima do milhão de exemplares, o semanário buscou manchar a imagem de uma agremiação política – e, nominalmente, de alguns de seus e candidatos – com "evidências" que a própria Justiça não reconhece como incriminadoras.
Ao reincidir na denúncia, Veja joga na cara da Justiça (e da sociedade, e da democracia) brasileira, com todas as letras, que se considera acima dela.
Certeza da impunidade
E a pretensão do semanário da Editora Abril não parece estar muito longe da realidade. Pois, no Brasil atual, com o fim da Lei da Imprensa – e, consequentemente, do direito de resposta enquanto recurso judicial reparador, com a rapidez necessária, das infâmias jornalísticas –, a mídia está livre para mentir e difamar à vontade. No máximo, após meses (ou anos) paga uma multa e estamos conversados.
O dolo que uma revista ou um jornal infligem a um cidadão ou a um candidato ou partido em temporada eleitoral permanece impune, não só porque o tempo entre publicação da matéria e decisão final da Justiça é enorme, mas porque as matérias eventualmente caluniosas ou difamatórias que "sustentavam" a farsa dificilmente serão desmentidas com o mesmo destaque com que foram originalmente publicadas – e, mesmo se o forem, o dano já terá sido causado.
É com essa certeza da impunidade que trabalham os setores midiáticos que saíram do seminário do Instituto Millenium dispostos à guerra eleitoral, sobreposta à prática jornalística e seus direitos e deveres, pesos e contrapesos, poderes e responsabilidades.
Comentários (25)
Marcelo Ramos , Brasilia-DF - Publicitário
Enviado em 18/3/2010 às 08:31:03
Eu já mencionei outras vezes, e gostaria de tentar aprofundar um tema. A imprensa não age como imprensa, age como partido político. Então, eles deveria seguir os procedimentos de propaganda eleitoral. Caluniar sem provas, levantar factóides com objetivo favorecer candidatos? Esse comportamento é propaganda eleitoral. O TSE, com ajuda dos advogados da OAB, deve ficar atento. Imprensa não pode entrar na campanha e ainda se auto-intitular imprensa.
André Costa , Porto Alegre-RS - Aux. Adm.
Enviado em 17/3/2010 às 21:35:26
E a turma do convescote criou a "Calúnia democrática" e o "Clube Fechado da Democracia".
Jorge Silva , Floripa-SC - Estudante
Enviado em 17/3/2010 às 21:31:37
Grato, Sandro, sua falta de respostas foi muito esclarecedora.
Fabio Passos , Curitiba-PR - Engenheiro
Enviado em 17/3/2010 às 21:22:48
Não há mais como contestar: globo = psdb = veja = ex-pfl = pps = estadão. Não é uma opinião. É um fato. Divulgado publicamente durante o encontro promovido pelo instituto millenium. O udenismo fajuto destas organizações políticas já não colava devido as conhecidas ligações daniel dantas-mídia e roberto arruda-mídia. Agora que eles mesmos anunciam que fazem campanha política e não jornalismo... a vaca foi pro brejo.
Sandro Vaia , São Paulo-SP - Jornalista
Enviado em 17/3/2010 às 19:22:11
A turma do controle social agora inventou a corrupção virtuosa.
Luciano Prado , Rio de Janeiro-RJ - advogado
Enviado em 17/3/2010 às 14:32:24
Tenho afirmado, sem medo de errar, que a velha e carcomida imprensa brasileira tem “trabalhado” além da tênue linha que separa a legalidade da marginalidade. A revista Veja tem, de fato, escorado seu ímpeto marginal na impunidade. Há quem insista em denominar essa delinqüência de liberdade de imprensa. Tal conduta afronta e assusta quanto mais se depara com a defesa que certos jornalistas fazem dessa bandidagem . Se no presente a delinqüência escancara - e abonada por grupos imperialistas da imprensa – não encontra na legislação freios imediatos e eficazes imagine o que nos espera nos meses que antecederão o pleito eleitoral. Os poucos que alertam para o que se avizinha – jornalistas independentes – estão sob fogo cerrado dos senhores da velha mídia e seus missionários. Os tempos são sombrios e conspiram contra o estado democrático e de direito.
Wellington Fernandes , Brasilia-DF - jornalismo
Enviado em 17/3/2010 às 14:12:28
Concordo com o Sr. Rogério Thomáz e discordo do Sr. Sandro VAIA. E acrescento que leitura imperdível nesta semana são os textos do professor Dalmo Dallari e Washington Araújo. Particularmente não comungop com o simulacro estridente de argumentos mostrados pelo Sr. VAIA. São de uma ferocidade desnecessária e inoportuna, álém de francamente grosseiros para ambiente marcado pela urbanidade quando não pela lhaneza. Tenho observado que a discussão vai boa até que entra no circuito - causando um curto - o Sr. VAIA. Concordo com leitor que outrora recomendara ao inclíto comentarista que buscasse outras paragens para destilar sua acidez e sugeriu que bebesse de sua fonte acima do bem e do mal que são as edições da revista Veja, os livros cometidos pelo Arnaldo Jabor e a fanfarronice do Fernando Barros do Grupo Folha. Mas acho que ele faria melhor uso de seu tempo envidando esforços para divulgar as ideias "racialistas" (nome pernóstico!) do geógrafo dublê de Chapeleiro de Alice, Demétrio Magnolli.
Rogério Tomaz Jr. , Brasília-DF - Jornalista
Enviado em 17/3/2010 às 12:38:30
Excelente leitura! A Veja cospe na cara da Justiça e da sociedade com esse tipo de prática... eles (Veja, FSP, Globo, OESP etc.) podem ser oposição sem apelar pra esse tipo de baixaria...
Cristiana Castro , Rio de Janeiro-RJ - Advogada
Enviado em 17/3/2010 às 10:54:53
Pois é, Marcelo, mas essa estratégia está me parecendo um pouco desgastada. Nossa mídia é igualzinha a qq outra no mundo. Esse número midiático acerca de não haver liberdade de Imprensa em Cuba, Venezuela, China, etc... Não quer significar nada além da mídia ser controlada pelos donos do poder e esse poder não é questionado nunca, nem em regimes midiaticamente tratados como totalistários e muito menos nos,midiaticamente tratados como democracias. Ou sej,a, tanto Brasil como Cuba, EUA, Israel, Venezuela, Irã, China, tem o mesmo tratamento com relação a Imprensa. Para ser mais clara, a Imprensa não está aí para apresentar contradições ou plurallidades e muito menos para informar a sociedade de alguma coisa mas sim para garantir a perpetuação dos grupos no poder. Nesse sentido, estratégia boa é a que se apodera dessa engrenagem e não fica tentando desmontá-la ou tentando transformá-la em instrumento de comunicação social pq não foi pra isso que criada. Não considero uma boa estratégia disputar uma eleição e abrir mão da máquina midiática, quer dizer, sou mais pela máquina que pela eleição. Se puder pegar os dois, como, nos EUA e Cuba, melhor ainda. Para a Imprensa, não existe democracia ou ditadura, é tudo a mesma coisa, vale o pensamento único e não é o da sociedade é o de quem controla a máquina.
sergio ribeiro , são paulo-SP - bancário
Enviado em 17/3/2010 às 10:32:04
Sandro, qualquer pessoa com um mínimo de senso de decência é contrária à corrupção. Votarei em Dilma na próxima eleição e apóio o governo por achá-lo menos ruim do que a oposição. Nem por isso deixo de achar o cúmulo o presidente dizer que não sabia de nada em relação ao mensalão. É muita ingenuidade acreditar nisso. Porém o assunto do artigo é que foi feita uma acusação e um estardalhaço grande em cima de uma denúncia vazia. Mesmo que os acusados fossem traficantes notórios ou coisa do tipo, é absolutamente errado e antiético denunciá-los sem provas. Não existe um direito para os santos e outro para os vilões.
Jorge Silva , Floripa-SC - Estudante
Enviado em 17/3/2010 às 10:09:45
Sandro. Algumas questões que o senhor responderá se quiser ou puder. O que você pensa da ficha falsificada sobre Dilma Rousseff que a FSP publicou? Você vê crime na publicação de uma prova forjada? O que você acha do mesmo jornal chamar de estuprador o Presidente da República sem prova alguma? Você vê crime nisto? Por exemplo: por que a mesma imprensa livre não retoma assuntos polêmicos com relação a outros candidatos, como o que revelou escuta telefônica da PF sobre Nahas, CESP, Serra? Afinal, é a imprensa um foco de informação, opinião e debates, ou apenas um instrumento a serviço de uma ideologia? Seria a nossa mídia atual algo como foram os órgãoes de imprensa de regimes totalitários, inclusive comunistas?
Zé da Silva Brasileiro , Belo Horizonte-MG - Bancário Aposentado
Enviado em 17/3/2010 às 09:42:19
De Cláudio Abramo, um dos maiores jornalistas brasileiros do século XX, em "A Regra do Jogo", Editora Schwarcz, pag. 136: "Uma grande tragédia do jornalismo brasileiro é o papel extremamente grave que desempenham alguns jornalistas irresponsáveis, em nome de uma independência ilusória, que eles não têm. Esses jornalistas pesam muito porque veiculam coisas sem verificar, mentem, fazem afirmações absolutamente gratuitas, E isso é muito grave num país como o Brasil, em que os jornais não têm meios de aferir imediatamente se aquilo que está sendo publicado é verdade ou não; freqüentemente, não se dão a esse trabalho. Assim, transformam-se em cúmplices desses jornalistas. Os jornalistas irresponsáveis - que são muitos, no Brasil, e em grande parte estimulados por alguns jornais - são hoje responsáveis por uma grande parte da desfiguração das noções sobre o mundo contemporâneo. Eles são responsáveis pela falsificação da realidade, colaboram com isso. São como as novelas de TV, que harmonizam todos os conflitos." Cláudio Abramo, falecido em 1987, estava naturalmente se referindo a uma outra realidade. A questão é se as suas palavras permanecem atuais ou não.
Marcelo Ramos , Brasilia-DF - Publicitário
Enviado em 17/3/2010 às 08:28:42
Pois é, Cristiana. Esse é só um dos erros que o governo comente; Outro deles é que o governo tem respondido com tibieza às ações dessa quadrilha. Faz isso por diversos motivos. Primeiramente, creio, por questões de estratégia, embora eu creia que não é a melhor estratégia. Segundo por causa de uma cultura de funcionário público, que deixa as coisas "pra depois". Para a campanha de 2010, se o governo não implantar, semelhante à Petrobrás, um gabinete crise, vai acabar permitindo um segundo turno. E a galera do Instituto Millenium também já traçou a estratégia (aliás, temos um assessor de imprensa do Millenium postando agora), a qual, apesar de não ser nova, ainda pode causar algum dano em incautos. Por exemplo, ainda existem pessoas, desinformadas pelos jornais, que acreditam que o esquema de Caixa 2 criado pelo senador Eduardo Azeredo era um Mensalão, e era somente do PT, quando havia políticos de diversos partidos, inclusive PSDB. E essa estratégia prevê até a prática de troll, pelo qual já passaram alguns jornalistas independentes. Felizmente, esses jornalistas independentes já estão se precavendo, aconselhados por uma Procuradora Federal, sobre como lidar com essa prática. Resumindo, o PIG vai perder a batalha e a guerra, mas não vai ser uma campanha tranquila.
Andre Costa , Porto Alegre-RS - Aux. Adm.
Enviado em 17/3/2010 às 08:06:17
Sandro Vaia, explique-nos, então, que atos o Sr. considera ilegais ou imorais, quando praticados por "jornalistas"... O Sr., devo imaginar, defende a revogação dos artigos sobre calúnia, injúria e difamação, previstos no código penal brasileiro. Igualmente, não se importa se a Veja trouxer uma foto sua na capa, com a manchete "Corrupto". Ah, e vocês do convescote falam do PT, falam de censura, mas não se manifestam sobre o que é bom para o Brasil. Serra (aliás, Papai Noel e Coelhinho da Pásoa me garantiram que o PSDB nunca esteve envolvido em esquemas como o do Mensalão)? José Roberto Arruda? Intervenção dos Estados Unidos? Sinta-se à vontade para sofismar (essa é uma "palavra embreagem"???) ou ironizar sobre liberdade de imprensa (vulgo "liberdade para jornalista capacho obedecer a vontade democrática de seus chefes empresários").
Sandro Vaia , São Paulo-SP - Jornalista
Enviado em 17/3/2010 às 00:09:53
Meira da Rocha; não tenho patrões, a não ser a minha própria consciência.E apelidar pilantragem de desinformação e factóide não confere decência a quem não a tem.Roubar,mesmo que seja em nome e em proveito de uma ideologia ou uma causa política, continua sendo roubo. E reafirmo o que eu já disse a um de seus companheiros: ser direitista não é a única alternativa que existe para a estupidez.
José Antonio Meira da Rocha , Frederico Westphalen-RS - Jornalista, professor
Enviado em 16/3/2010 às 23:16:43
Sandro Vaia, é evidente e descarada a ofensiva de seus patrões (Estadão, Instituto Millenium) e amigos da direita pela desinformação, criação de factóides e noticiário parcial. Sua ironia não ajuda a disfarçar isto.
Cristiana Castro , Rio de Janeiro-RJ - Advogada
Enviado em 16/3/2010 às 22:45:11
Marcelo, isso tudo se o governo não colaborar com o PIG. Andei pensando o seguinte, repare que,mesmo os jornalistas de " boa vontade", acabam valendo-se do termo " censura" para significar o fim dessa aberração que todos nós e, eles tb, estão carecas de conhecer. 100% dos jornalistas sabem, exatamente, do que estamos falando. Ainda assim, 99% deles, insistem em significar atos de justiça como atos de censura. Fico me perguntando pq. Se todas as instituições democráticas, como é fato, não se sentem seguras para enfrentar uma micro quadrilha de 100 pessoas. Sem um governo, eleito, democraticamente, e com apoio de 80% da população não é capaz de fazer frente a um grupo que fatura milhões sem fazer nada e ainda afundando o país e patrocinado pelo próprio contribuinte. Então, de fato, temos um problema, pq o PIG se travestiu de democracia, ou seja, encarnou, por conta própria, o próprio conceito de democracia. Se este governo ceder em relação ao PNDH3 isso significa que seremos regidos pelos grandes campeões de " mary go round", líderes forjados nos playgrounds, os mega empoderados, do Millenium, que nem para representar os interesses nacionais, servem. Eu quero estar enganada, mas não estou segura com relação a integridade do PNDH3. Até outubro,é óvio que estaremos aqui, defendendo o governo que elegemos e pelo qual somos responsáveis, mas as lideranças t tem responsabilidades.
Otacilio Guimaraes , Darwin-IN - Empresario rural
Enviado em 16/3/2010 às 22:01:00
O articulista escreveu: "o semanário buscou manchar a imagem de uma agremiação política – e, nominalmente, de alguns de seus e candidatos – com "evidências" que a própria Justiça não reconhece como incriminadoras". Que coisa! Eu pergunto: que imagem tem uma agremiação política que patrocinou o mensalão além de inúmeras outras falcatruas e abriga alguns dos membros da quadrilha arrolada pelo Ministério Público no processo dos quarenta ladrões onde faltou apenas o chefe? Que imagem tem um José Dirceu, cassado por seus pares e arrolado no processo dos quarenta ladrões? E José Genoino e tantos outros [ ] pertencentes a tal agramiação? Para mim eles têm uma imagem, sim: DE PILANTRAS! A justiça brasileira rejeitou a denúncia do promotor assim como tem rejeitado tantas outras contra corruptos notórios. Em minhas seis décadas e alguns anos de vida nunca ví um corrupto no Brasil ser julgado, condenado e preso. O articulista demonstra claramente que está do lado desses [ ] e está subestimando a inteligência das pessoas bem informadas, assim como demonstra claramente ser a favor do contrôle da imprensa, da mesma forma que a tal agremiação que traiu a boa fé de milhões de brasileiros e que ele agora defende. Que coisa, sô!
Sandro Vaia , São Paulo-SP - Jornalista
Enviado em 16/3/2010 às 21:53:50
Pois bem, desembargador Marcelo Ramos, assessor de imprensa dos mensaleiros e dos bancoopeiros, a sua sentença está prolatada: são todos inocentes, menos a imprensa- essa entidade maléfica e impune.Na próxima reforma constitucional, será preciso aumentar a categoria dos inimputáveis: além dos idiotas e dos índios, também os petistas e seus assemelhados.
Marcelo Ramos , Brasilia-DF - Publicitário
Enviado em 16/3/2010 às 20:43:09
Opa, chegou o assessor de imprensa do Millenium e do Estadão. Sandrão, sabemos que as denúncias desses jornais são vazias e carecem de conteúdo e de provas. Pode até ser que, em algum momento, as evidências sejam dispensadas mas, na justiça brasileira as provas ainda fazem parte do processo. Colocar no mesmo nível as práticas abjetas dos grupos de comunicação com a recusa de abertura processos contra o PT por falta de provas é estratégia fraca e previsível. A campanha de 2010 do PIG vai começar morta, pelo menos para os internautas em geral e aqueles que acompanham o OI.
Sandro Vaia , São Paulo-SP - Jornalista
Enviado em 16/3/2010 às 19:17:43
Tá certo o Caleiro.A imprensa faz essas denúncias e fica impune.É uma vergonha. Ela paga deputados para votar a seu favor e fica impune.Vende casas e não entrega, desvia dinheiro dos cooperados para o caixa do jornal ou da tv e fica impune.Desvia dinheiro dos seus fundos de pensão para campanhas políticas e negociatas e fica impune.Publica notícias e fica impune.Faz propaganda eleitoral fora da lei e fica impune.É uma vergonha: controle social da imprensa já ! Pelo fim da impunidade da imprensa !
Marcelo Ramos , Brasilia-DF - Publicitário
Enviado em 16/3/2010 às 17:34:50
Prezado Wendel, concordo com você, mas só em parte. As tentativas desses grupos, por mais desesperadas e toscas, devem ser analisadas e aqui é o lugar mais adequado, apesar de dar nojo comentar matérias mentirosas. Creio que o debate sobre a regulação desses excessos deve evoluir. Essas empresas de comunicação estão já bem distantes de seu objetivo fundamental de informar o cidadão. A propósito, aqui mesmo no OI há um artigo do jurista Dalmo Dallari, sobre a ausência de regulação de certas entidades que se autodenominam "religiosas", mas cujo objetivo fundamental (religião) além de não exercido, é usado apenas como desculpa para isenções fiscais e outros benefícios. O que quero dizer é que essas empresas, que se dizem de comunicação, devem ter seu objeto social analisado, entre outras regulações necessárias, como por exemplo, o direito de resposta. Também aqui no OI há um artigo sobre os danos (jurídicos, à imagem, etc) causados por essas empresas. O que fazer?
Angelo Azevedo Queiroz , Brasília-DF - Funcionário Público
Enviado em 16/3/2010 às 15:22:44
Quando o denunciado é do lado de lá, a imprensa cumpre seu papel, quando o denunciado é do lado de cá, levanta-se a velha gritaria. Argumento requentado esse artigo.
Wendel Anastacio , Barbacena-MG - Vendedor
Enviado em 16/3/2010 às 14:23:27
Maurício: Se voce observar, nós internautas pouco ou nehuma importância estamos dando ao que o triunvirato da Mídia (Veja;FSP;Globo), publicam, pelo menos os mais esclarecidos!Principalmente depois do pacto firmando, entre eles, qdo da reunião no Instituto Millenium! Então, que tal aceitar nossa sugestão de não mais comentarmos sobre estes "panfletos", pois a importância deles, está na exata medida de nossos artigos e comentários! Seus artigos são de excelente conteúdo, porém, falar sobre estes veículos, acredito que seria nivelar por baixo, e diminuir nossa inteligência! O que fazem, nada mais é que, denúncias sem comprovação, assassinatos de reputações, com o único propósito de desmoralizar o Congressso e o Governo e auferir dividendos políticos/econômicos. Suas jogadas políticas já são por demais conhecidas, e aos incautos, recomendo, pesquisarem, estudarem, e não deixarem que eles os manipulem! Um abraço.
Sérgio Bártholo , Manaus-AM - Jornalista
Enviado em 16/3/2010 às 13:47:33
Caro jornalista, cineasta e doutorando em Comunicação na UFF Maurício Caleiro, desde quando a imprensa tem que ser editada por decisão judicial? Quer dizer que a entrevista com Francisco Eriberto Freire França, ex-motorista de Collor não deveria ter sido publicada? O Brasil, por decisão judicial, não tem políticos corruptos, já que nenhum foi preso por roubo ou desvio de dinheiro público, com decisão em última instância. Ou seja, a Justiça considera que não há corrupção política no País. A excessão, se houver, é para os chamados peixinhos . Não esqueça da máxima: cadeia no Brasil é só para [ ], PRETO E POBRE.
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Maurício Caleiro
Jornalista, cineasta e doutorando em Comunicação na UFF; seu blog
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