quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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Por sugestão de um comentarista, foi possível lembrar que há dez anos atrás, vazaram da Receita Federal os dados do Imposto de Renda de Fernando Henrique Cardoso, Sílvio Santos, Gugu Liberato e dados cadastrais de “apenas” 17 milhões de brasileiros.
Isso foi em abril de 2000. O presidente (o presidente “é o responsável pela bandidagem”, disse há dias o Estadão sobre o caso da atual quebra de sigilo) era um certo senhor chamado Fernando Henrique Cardoso, atualmente em viagem ao exterior e que se apresenta apenas nos seus artigos de jornal, onde pede ao Ministério Público que casse a candidatura de Dilma Rousseff.
Os dados eram vendidos em disquete, pela quantia de R$ 6 mil e a desfaçatez era tanta que chegavam a anunciar em classificados de jornal.
Não me recordo de o assunto ter ido parar nas manchetes de todos os jornais. Não me lembro de uma indignação da grande mídia, dos colunistas advertindo que a democracia estava ameaçada. Não registro a revolta de Serra e de outros “graúdos” da política com o vazamento.
Era um caso de polícia e como caso de polícia foi tratado.
Mas as matérias da Época e a da Folha de 2000 estão aí, recordadas e disponíveis para os “lasserras” de ocasião olharem e se cobrirem de vergonha.
Tolice minha: como hão de se cobrir com o que não têm?
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