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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

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Partido dos Trabalhadores - Bancada do PT na Câmara dos Deputados presta homenagem a Lula

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Partido dos Trabalhadores - Bancada do PT na Câmara dos Deputados presta homenagem a Lula

Um mundo hipócita e perigoso

Comentários Políticos - Wladimir Pomar

A situação mundial está se tornando cada vez mais hipócrita e perigosa. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam seu poder de emissão monetária para desvalorizar artificialmente sua moeda e dar maior competitividade aos produtos de suas indústrias. Ao mesmo tempo, sem pudor algum, exigem que a China e outros países valorizem suas moedas em relação ao dólar, insinuando a possibilidade de guerras comerciais e outros tipos de retaliação.
A OTAN destruiu toda a infra-estrutura da Líbia para garantir a vitória de seus aliados internos contra Gadafi, apesar das atrocidades que as forças desses aliados cometeram contra minorias étnicas e desafetos políticos. Agora, a OTAN saúda o novo governo provisório por estar implantando a democracia, sobre a qual não existem dados concretos, ao mesmo tempo em que oferece financiamentos para reconstruir o país que ela própria destruiu.
A Liga Árabe decidiu punir a Síria pela repressão militar contra os opositores ao governo e pela falta de democracia no país. Mas não deixa de ser uma demonstração de desfaçatez que reis, emires e potentados de países árabes, aliados dos Estados Unidos e de países europeus, defendam a democracia na Síria, ao mesmo tempo em que mantêm seus próprios povos sob o tacão de ditaduras que não admitem sequer a existência de opositores.
Na mesma linha de pressões articuladas contra o governo sírio, os Estados Unidos e vários países europeus prometem novas medidas de retaliação, ao mesmo tempo em que nada dizem sobre o Iêmen, nem sobre as ações evasivas dos militares egípcios. A democracia e os direitos humanos se tornaram apenas armas ofensivas contra os desafetos, enquanto sequer devem ser mencionadas quando tratam de aliados, ou mesmo de situações internas. A proibição dos movimentos de “ocupação” nos Estados Unidos, a pretexto de que ameaçam a segurança nacional, é o exemplo mais recente da funcionalidade unilateral dessas bandeiras políticas.
Os Estados Unidos e Israel, por sua vez, continuam articulando medidas de retaliação contra o Irã, a pretexto de que esse país está se preparando para produzir a bomba atômica. A sabotagem contra instalações iranianas, provavelmente praticada pelo serviço secreto de Israel, o Mossad, segundo diferentes fontes de informação, mostra o grau de perigo a que tais medidas chegaram, colocando o mundo diante do imponderável.
A hipocrisia dos Estados Unidos e de Israel, no caso, é emblemática. Ambos não são contra a existência de armas atômicas, já que os dois as têm, embora Israel não diga nem que sim, nem que não. Ambos também não se propõem a um acordo mundial de proibição total dessas armas de destruição em massa, o que significaria o desmantelamento de seus arsenais atômicos, e também os da Rússia, China e França. Eles simplesmente são contra sua posse por outros países, em especial se tais países fazem parte dos inimigos declarados, como Irã e Coréia do Norte.
Se juntarmos a esses fatos a situação problemática da Palestina, o aprofundamento da crise econômica nos Estados Unidos e na zona do euro, o ressurgimento de movimentos neo-nazistas na Europa, a repressão contra os imigrantes nos países capitalistas em crise, as guerras inacabadas no Afeganistão e no Iraque, a persistência de ações terroristas, de fundamentalistas não só islâmicos, mas também de outras confissões religiosas, podemos concluir que o mundo parece haver ingressado naqueles tipos de hipocrisia e perigo que antecederam as duas grandes guerras mundiais.
É evidente que também há sinais crescentes de que os povos dos países desenvolvidos voltam a despertar e a lutar, inclusive nos Estados Unidos. O crescimento e o aprofundamento dessas lutas talvez sejam os principais antídotos para desmascarar a hipocrisia reinante e superar os perigos existentes. Embora no momento elas ainda estejam restritas à indignação contra os políticos e contra o sistema financeiro, essa ainda é a melhor escola de aprendizado.
Fonte Blog do Wladimir Pomar

Mulher de Lupi fala sobre escândalo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Caso Lupi: a outra versão da história
Fonte: Ascom/OM | 17 de novembro de 2011


A jornalista Angela Rocha, mulher de Carlos Lupi, decidiu voltar a escrever. E faz neste texto um desabafo que vale a pena ser lido. Ela lembra uma questão básica: é fundamental, para o cidadão formar a sua própria opinião, que as versões do fato sejam apresentadas. Isto é básico no jornalismo. E isto não está acontecendo. (OM)Você tem direito de ter a sua verdade. Para isso você precisa conhecer todas as versões de uma história para escolher a sua. A deles é fácil, é só continuar lendo a Veja, O Globo, assistindo ao Jornal Nacional. A nossa vai precisar circular por essa nova e democrática ferramenta que é a internet.

Meu nome é Angela, sou esposa do Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. Sou jornalista e especialista em políticas públicas. Somos casados há 30 anos, temos 3 filhos e um neto. Resolvi voltar ao texto depois de tantos anos porque a causa é justa e o motivo é nobre. Mostrar a milhares, dezenas ou a uma pessoa que seja como se monta um escândalo no Brasil.

Vamos aos fatos: No dia 3 de novembro a revista Veja envia a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho algumas perguntas genéricas sobre convênio, ONGS, repasses etc. Guarda essa informação.

Na administração pública existe uma coisa chamada pendência administrativa. O que é isso? São processos que se avolumam em mesas a espera de soluções que dependem de documentos, de comprovações de despesas, prestação de contas etc. Todo órgão público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, tem dezenas ou centenas desses.

Como é montado o circo? A revista pega duas pendências administrativas dessas, junta com as respostas da assessoria de imprensa do ministério dando a impressão de que são muito democráticos e que ouviram a outra parte, o que não é verdade, e paralelamente a isso pegam o depoimento de alguém que não tem nome ou sobrenome, mas diz que pagou propina a alguém da assessoria do ministro.

No dia seguinte toda a mídia nacional espalha e repercute a matéria em todos os noticiários, revistas e jornais. Nada fica provado. O acusador não tem que provar que pagou, mas você tem que provar que não recebeu. Curioso isso, não? O próprio texto da matéria isentava Lupi de qualquer responsabilidade. Ele sequer é citado pelo acusador. Mas a gente não lê os textos, só os títulos e a interpretação, que vêm do estereótipo “político é tudo safado mesmo”.

Dizem que quando as coisas estão ruins podem piorar. E é verdade. Na terça-feira Lupi se reúne na sede do PDT, seu partido político em Brasília para uma coletiva com a imprensa. E é literalmente metralhado não por perguntas, o que seria natural, mas por acusações. Nossa imprensa julga, condena e manda para o pelotão de fuzilamento.

E aí entra em cena a mais imprevisível das criaturas: o ser humano. Enquanto alguns acuados recuam, paralisam, Lupi faz parte de uma minoria que contra ataca. Explode, desafia. É indelicado com a Presidenta e com a população em geral. E solta a frase bomba, manchete do dia seguinte: “Só saio a bala”. O que as pessoas interpretaram como apego ao cargo era a defesa do seu nome. Era um recado com endereço certo e cujos destinatários voltaram com força total.

Era a declaração de uma guerra que ainda não deixou mortos, mas já contabiliza muitos feridos. Em casa, passado o momento de tensão, Lupi percebe o erro, os exageros e na quinta-feira na Comissão de Justiça do Congresso Nacional presta todos os esclarecimentos, apresenta os documentos que provam que o Ministério do Trabalho já havia tomado providências em relação às ONGs que estavam sendo denunciadas e aproveita a oportunidade para admitir que passou do tom e pede desculpas públicas a Presidenta e a população em geral.

A essa altura, a acusação de corrupto já não tinha mais sustentação. Era preciso montar outro escândalo e aí entra a gravação de uma resposta e uma fotografia. A resposta é aquela que é repetida em todos os telejornais. Onde o Lupi diz “não tenho nenhum tipo de relacionamento com o Sr Adair. Fui apresentado a ele em alguns eventos públicos. Nunca andei em aeronave do Sr Adair”.

Pegam a frase e juntam a ela uma foto do Lupi descendo de uma aeronave com o seu Adair por perto. Pronto. Um novo escândalo está montado. Lupi agora não é mais corrupto, é mentiroso.

Em algum momento, em algum desses telejornais você ouviu a pergunta que foi feita ao Lupi e que originou aquela resposta? Com certeza não. Se alguém pergunta se você conhece o Seu José, porteiro do seu prédio? Você provavelmente responde: claro, conheço. Agora, se alguém pergunta: que tipo de relacionamento você tem com o Seu José? O que você responde? Nenhum, simplesmente conheço de vista.

Foi essa a pergunta que não é mostrada: que tipo de relacionamento o Sr tem com o Sr Adair? Uma pergunta bem capciosa. Enquanto isso, o próprio Sr Adair garante que a aeronave não era dele, que ele não pagou pela aeronave e que ele simplesmente indicou.

Quando comecei na profissão como estagiária na Tribuna da Imprensa, ouvi de um chefe de reportagem uma frase que nunca esqueci: “Enquanto você não ouvir todos os envolvidos e tiver todas as versões do fato, a matéria não sai. O leitor tem o direito de ler todas as versões de uma história e escolher a dele. Imprensa não julga, informa. Quem julga é o leitor”.

Quero deixar claro que isso não é um discurso para colocar o Lupi como vítima. O Lupi não é vítima de nada. É um adulto plenamente consciente do seu papel nessa história. Ele sabe que é simplesmente o alvo menor que precisa ser abatido para que seja atingido um alvo maior. É briga de cachorro grande.

Tentaram atingir o seu nome como corrupto, mas não conseguiram. Agora é mentiroso, mas também não estão conseguindo, e tenho até medo de imaginar o que vem na sequência.

Para terminar queria deixar alguns recados:

Para os amigos que nos acompanham ou simplesmente conhecidos que observam de longe a maneira como vivemos e educamos os nossos filhos eu queria dizer que podem continuar nos procurando para prestar solidariedade e que serão bem recebidos. Aos que preferem esperar a poeira baixar ou não tocar no assunto, também agradeço. E não fiquem constrangidos se em algum momento acompanhando o noticiário tenham duvidado do Lupi. A coisa é tão bem montada que até a gente começa a duvidar de nós mesmos. Quem passou por tortura psicológica sabe o que é isso. É preciso ser muito forte e coerente com as suas convicções para continuar nessa luta.

Para os companheiros de partido, Senadores, Deputados, Vereadores, lideranças, militantes que nos últimos 30 anos testemunharam o trabalho incansável de um “maluco” que viajava o Brasil inteiro em fins de semana e feriados, filiando gente nova, fazendo reuniões intermináveis, celebrando e cumprindo acordos, respeitado até pelos adversários como um homem de palavra, que manteve o PDT vivo e dentro do cenário nacional como um dos mais importantes partidos políticos da atualidade. Eu peço só uma coisa: justiça.

Aos colegas jornalistas que estão fazendo o seu trabalho, aos que estão aborrecidos com esse cara que parece arrogante e fica desafiando todo mundo, aos que só seguem orientação da editoria sem questionamento, aos que observam e questionam, não importa. A todos vocês eu queria deixar um pensamento: reflexão. Qual é o nosso papel na sociedade?

E a você Lupi, companheiro de uma vida, quero te dizer, como representante desse pequeno nucleozinho que é a nossa família, que nós estamos cansados, indignados e tristes, mas unidos como sempre estivemos. Pode continuar lutando enquanto precisar, não para manter cargo, pois isso é pequeno, mas para manter limpo o seu nome construído em 30 anos de vida pública.

E quando estiver muito cansado dessa guerra vai repousar no seu refúgio que não é uma mansão em Angra dos Reis, nem uma fazenda em Goiás, sequer uma casa em Búzios, e sim um pequeno sítio em Magé. Que corrupto é esse? Que País é esse?